Eu, António Manuel Frade Caeiro, nasci a 16 de Julho de 1966, na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, Portugal. Sou filho de Salvador Nunes Caeiro e Felizarda Maria Frade Caeiro. Os meus pais são naturais do Alentejo, o meu pai de Reguengos de Monsaraz e a minha mãe do Alandroal.

Eu, António Caeiro

 Dos primeiros anos da minha infância, lembro-me vagamente de viver na Quinta do Conventinho, perto de Loures, onde trabalhavam os meus pais, e das brincadeiras que tinha com o meu amigo Daniel. Adorava brincar na quinta, onde existiam árvores de fruto, flores, miradouros, um pombal, canil, vacaria…enfim um pequeno paraíso onde se podia respirar ar puro e estar em contacto com a natureza, mesmo ao lado da grande Lisboa.

 No ano de 1973, fui para o 1º ciclo da escola primária de Loures e desta ainda me recordo do primeiro dia de aulas, a minha mãe levou-me à escola nesse dia e a ansiedade era muita pois finalmente ia aprender a ler e a escrever, conhecer novos amigos, estava muito contente.

No ano de 1974, deu-se a revolução do 25 de Abril e recordo-me de nesse dia ter ficado em casa e não haver escola.

Os meus pais ficaram sem o emprego nessa altura, tendo regressado às suas origens, ou seja fomos para a nossa casa no Alentejo, sita na aldeia de Ferragudo, em Reguengos de Monsaraz.

Foi uma mudança radical na minha vida, pois tudo era diferente, amigos, local, hábitos, clima e uma escola diferente com uma professora nova e muito exigente.

Os meus pais sempre me transmitiram valores [M1] importantes para o meu crescimento e desenvolvimento como pessoa, tais como respeito pelos mais velhos, estudar e comportar-me bem na escola, não pedir nem aceitar nada de ninguém desconhecido, não mentir, muito menos aos pais, ser amigo dos nossos amigos, respeito pelo próximo, etc…

Tenho muito orgulho neles e na educação e valores que me transmitiram, durante a minha infância e adolescência, porque de alguma forma contribuíram para ser a pessoa que sou hoje.

Ao longo da minha vida, uma das coisas que moldou o meu carácter foi o facto de o meu pai ter sempre mais do que um emprego e preferir que a minha mãe não trabalhasse, ficando em casa como doméstica e a cuidar de mim. Esta situação ao longo dos anos foi de certo modo um motivo para que visse no meu pai um exemplo a seguir e ao mesmo tempo ter a consciência de que não poderia pedir mais do que aquilo que me podiam dar, porque era só o meu pai a única fonte de rendimento do agregado familiar.

Os tempos eram difíceis e só o meu pai trabalhava e ganhava dinheiro para casa e mesmo assim nunca me faltou nada.

Foi de facto para mim nesta altura uma mudança, pois a vida do campo [a2] é diferente da da cidade.

O campo é mais saudável, não só por haver menos poluição, a todos os níveis, assim como também por os bens alimentares na maior parte serem de cultivo próprio ou de produção caseira, permitindo ter uma alimentação também mais saudável.

 A vida no campo é bastante diferente da vida na cidade, embora eu, como referi anteriormente, vivesse numa quinta, minimizando de alguma forma esta mudança, mas só o facto de, por exemplo, ir para a escola a pé a uma distância de 2 km de casa já era diferente do que ir de transportes públicos para a escola, como acontecia em Loures. Mas adaptei-me bem e fiz lá a terceira classe, tendo regressado a Lisboa um ano mais tarde depois de o meu pai ter conseguido emprego na companhia Carris de Lisboa, como motorista de autocarros. Mas é uma pena não haver oportunidades de emprego na província, provocando desta forma o abandono das aldeias do interior por parte das pessoas em busca de melhores empregos e condições de vida (êxodo rural).

Enquanto que no campo se praticam mais trabalhos ao nível da agricultura, na cidade prevalece mais a indústria, normalmente nas periferias, e os serviços.

Penso que poderia ser feita alguma coisa para levar as pessoas para o interior, talvez apoios do estado às empresas que se instalem no interior do país, criando postos de trabalho e ajudando a desenvolver algumas regiões do interior do país, sendo que ao nível dos acessos já temos boas vias rodoviárias, facilitando os transportes de mercadorias e pessoas. Devia também atrair-se o turismo rural, pois o nosso país é bastante rico em monumentos e aldeias medievais.

Para mim, a qualidade de vida nas zonas rurais é, em alguns aspectos, melhor do que a da cidade, porque há maiores possibilidades de obter alimentos de melhor qualidade mais facilmente e, além do mais, no campo não existe a agitação das grandes cidades.
É de conhecimento geral que no campo há maior quantidade de alimentos saudáveis. Em contrapartida, a população das zonas urbanas muitas vezes costuma receber géneros alimentícios contaminados por agrotóxicos.

Além disso, o ritmo de trabalho nas grandes cidades é intenso. São diversos motivos, por exemplo, o espírito de concorrência para obter uma melhor colocação profissional e o trânsito congestionado que stressa as pessoas.

Com base nos argumentos apresentados, com certeza a qualidade de vida no campo apresenta mais fatores positivos do que na cidade.

Na cidade, existem muito mais oportunidades de emprego, devido ao facto de as empresas estarem lá situadas. A principal actividade no campo é a agricultura, enquanto na cidade é mais a nível industrial, comércio e serviços. Não tem havido por parte do governo grande incentivo para que as empresas se instalem no interior ou até apoios ao desenvolvimento da agricultura.

In the city, there are much more employment opportunities, because the companies are located there. The main activity in the field is agriculture, while in the city there are more industries, trade and services. There hasn't been a great incentive by the government for companies to install in the countryside or to support the development of agriculture.

 

 

 

Para tornar o campo mais atrativo, deveriam ser feitas melhorias nos monumentos históricos, pois desta forma estamos a proteger o património do país e a fazer com que aumente o interesse pelo turismo rural. Ao tornar estes monumentos mais atractivos, desperta-se desta forma maior interesse não só por parte do turismo interno, mas também aumenta a possibilidade de trazer a Portugal turistas de outros países, possibilitando conhecer melhor a nossa história, também a criação de novos postos de trabalho, o que permite aumentar de alguma forma a qualidade de vida das pessoas que vivem no campo.

Eu trabalho na Malveira, que se pode hoje em dia considerar já uma aldeia da periferia da cidade de Lisboa, devido ao grande melhoramento dos acessos rodoviários operados nos últimos anos, mas serve ainda de comparação entre a vida do campo e da cidade.

Na Malveira tudo é mais calmo, existe maior agitação de manhã e ao fim do dia, porque muitas pessoas que moram na Malveira trabalham em Lisboa e desta forma têm que se deslocar diariamente, mas durante o dia nota-se que estamos fora dos grandes centros e da agitação própria das grandes cidades.

No escritório onde trabalho, tenho uma janela virada para a serra, com uma linda paisagem verde, onde posso observar as ovelhas a pastar e abrindo a janela ouço o cantar dos passarinhos. Uma coisa a que acho piada e própria da vida nas aldeias é o facto de todos os dias o padeiro vir trazer o pão ainda quentinho e o pasteleiro os bolos, também acabados de fazer.

Em Lisboa este tipo de coisas não existe nas empresas e na sua grande maioria as pessoas têm de se deslocar aos cafés, pastelarias, etc.

Na Malveira existem algumas fábricas e também armazéns, na nova zona industrial, em que nos últimos anos criaram alguns postos de trabalho, fazendo crescer esta vila saloia.

Na Malveira, à quinta-feira é dia da famosa feira do gado da Malveira, que de facto agita a vila, trazendo muita gente das aldeias da periferia às compras e onde muitos vão vender os seus produtos de cultivo ou produção própria.

Como me desloco com muita frequência entre Lisboa e Malveira, posso sentir esta diferença de modo de vida entre estes dois pólos, sendo que prefiro o modo de vida na Malveira ao da cidade.

Já em Lisboa, continuei a estudar na escola particular Voz do Operário, no Poço do Bispo, com a Professora D. Cassilda, de que bem me lembro e também de usar uma bata branca na altura.

Aqui era novamente para mim outra etapa diferente na minha vida, pois tudo era diferente nesta nova escola, comparativamente com a outra escola primária do Alentejo.

Esta escola, para além da professora, tinha duas auxiliares, que a outra não tinha, era maior, tinha muitos alunos, enquanto a outra não, nesta escola via passar os eléctricos pela janela, a que eu achava uma piada enorme, pois era uma coisa que anteriormente não via, devido aos meios rurais onde vivia.

Na minha nova morada, Rua Afonso Annes Penedo, em Lisboa, conheci novos amigos, muitos deles são hoje os meus melhores amigos e alguns até familiares por afinidade.

Depois fui para a escola Luís António Verney no Bairro da Madre Deus, junto da célebre mata do Bairro da Madre Deus e com um recreio enorme, com 4 campos de futebol onde todos os dias podia fazer o que mais gosto, jogar futebol. Ali estudei até ao 6º ano, tendo depois mudado para a Escola Secundária Patrício Prazeres, que tinha um pavilhão desportivo muito bom, onde todos adoravam jogar futebol e onde estudei até ao 11º ano, na área de Contabilidade e administração de empresas, tendo feito nesta fase alguns amigos que ficaram para a vida. Existiam também algumas árvores grandes com bastantes folhas, que nos davam bastante sombra nos dias de maior calor e por trás da escola tínhamos uma parte coberta que era muito útil nos dias de chuva.

Mas ocupava os meus tempos livres a jogar futebol, na rua com os meus amigos. Como gostaria de um dia ser jogador de futebol, foi então que me enchi de coragem e fui treinar à experiência no SL Benfica. O treinador dos iniciados nesta altura era o Eusébio da Silva Ferreira, que me deu a possibilidade de poder realizar um treino de captação, tendo sido aprovado e ficado a jogar como ala direito no Benfica até aos juvenis.

Aos 17 anos fui treinar ao F.C. Operário a pedido de colegas e amigos, tendo assinado por este clube onde joguei até aos 19 anos já nos seniores.

Através do clube de futebol, conheci praticamente a maioria dos clubes do distrito de Lisboa, passeávamos bastante e ao mesmo tempo convivia com muitos amigos, esses foram tempos que gosto muito de recordar, bons tempos.

Portanto, uma das minhas maiores paixões é jogar futebol, [a3] porque me ajuda a manter a forma física e me dá também prazer conviver com os amigos, para além de fazer exercício físico que é tão importante para a saúde. Tenho um grupo de amigos que se junta todos os domingos de manhã para jogar futebol e em duas ou três vezes por ano, para além do futebol, fazemos um almoço de confraternização que contribui para que possamos partilhar bons momentos de alegria e aumentar o bom relacionamento entre todos. No fundo, isto também se pode considerar qualidade de vida, pois nada melhor que ter amigos e conviver com eles.

Deve-se contribuir também com uma alimentação saudável [a4]  e, neste sentido, tento manter uma alimentação equilibrada, ou seja, se ao almoço como carne, ao jantar como peixe e sempre que possível acompanho com saladas, evito abusar dos doces em detrimento de fruta, por ser mais saudável.

Com os meios de informação de que dispomos hoje em dia, esta tarefa torna-se muito mais simples e neste sentido fiz uma busca na Internet e foi fácil encontrar informação sobre boas práticas alimentares, mas temos revistas, livros, instituições e especialistas nesta matéria, a que podemos facilmente recorrer para nos ajudarem a fazer uma alimentação saudável.

With the means of information that we have today, this task becomes much more simple and in this sense I did a search on the Internet and it was easy to find information on good feeding practices, but we have magazines, books, institutions and specialists in this field, to which we can easily use to help us to make a healthy diet.

 

 

 

Foi também importante abdicar de alguns hábitos, tais como fumar e beber bebidas alcoólicas com frequência, para ajudar a manter uma melhor saúde física e não só ter melhores práticas alimentares.

Deixar de fumar foi de facto uma atitude importante e, após algum tempo, já nem me fazia diferença o facto de estarem a fumar perto de mim e sentir também desejo de fumar, mas na realidade os primeiros dois meses após deixar de fumar foi uma luta constante contra a vontade de fumar um cigarro e a decisão de não o fazer. Mas, ultrapassados estes dois primeiros meses, depois foi fácil e até hoje não me recordo de ter fumado um cigarro sequer.

O tabaco provoca graves doenças cardiovasculares e outras ao nível do aparelho respiratório, que constantemente são divulgadas pelos media e até está escrito em letras grandes no próprio maço de tabaco “Fumar mata”, mas mesmo assim sabemos que o consumo de tabaco é muito elevado, apesar do preço do mesmo, que tem subido de uma forma incrível, e por isso podemos considerar hoje o vício de fumar uma renda no final do mês. Neste sentido, foi muito bom para a minha saúde e para o meu orçamento familiar ter deixado de fumar.

Acho que o desporto ou outras formas de actividade física são fundamentais para um desenvolvimento equilibrado, para a manutenção ao longo da vida de um bom funcionamento orgânico e até para combater o stress e alguma instabilidade psicológica, principalmente hoje em dia, devido ao sedentarismo e à actividade intelectual.

Sempre que posso, dedico algumas horas por semana a algum tipo de exercício físico. Realizar exercício físico, seja em que idade for, pode trazer um conjunto de benefícios, não só a nível físico, como psíquico e social. A nível físico, sei que o desporto ajuda no combate à obesidade, reduz o risco de doenças cardiovasculares, fortalece músculos, ossos e articulações. A nível psíquico, eleva a minha auto-estima, pois gosto de me sentir bem comigo próprio e, quando termino um jogo ou exercício físico, depois de um bom banho, até parece que me sinto outro.

De uma forma geral, os meios de comunicação social alertam para o facto de ser importante fazer desporto e manter uma alimentação saudável, havendo pontualmente alguns programas de televisão sobre esta matéria, que considero muito importantes, porque desta forma fazem chegar a informação a muitas pessoas que nem sempre têm consciência desta importância.

Nos dias de hoje, já existem muitos meios de informação mas continuo a achar que seria importante debater esta matéria com especialistas em debates televisivos, por forma a nos manterem ainda mais alerta para os cuidados a ter com a forma física e a importância de fazer exercício físico, pois tenho a consciência de que os hábitos alimentares mudaram muito nos últimos anos e principalmente nos jovens, que preferem fast-food (ex. Mc.Donalds), em detrimento de alimentação mais saudável, por isso considero ser importante divulgar e alertar para este facto com maior destaque, nomeadamente televisivo.

Aos 19 anos, veio o serviço militar obrigatório e nesta altura tive de interromper os estudos e o futebol por este motivo e, durante 16 meses, a minha vida foi bem diferente da que tinha tido até então.

Fui para o Quartel RALIS, no Bairro da Encarnação, que ficava a 15 minutos da minha casa, fazer a recruta, nem tudo era mau!

Tirei a carta de condução de pesados durante o serviço militar obrigatório, que me viria a ser muito útil no futuro.

Como fiquei bem classificado (5º) em 400 recrutas, tive a possibilidade de escolher para onde pretendia ir cumprir o serviço militar, tendo neste caso escolhido os serviços cartográficos do exército, também no Bairro da Encarnação.

Aqui tive a possibilidade de conhecer algumas localidades do nosso país, tais como, Tábua, Santa Comba Dão, Sertã, Oleiros, Pampilhosa da Serra. O que fazia com o capitão Ramos era reconhecimento no terreno de fotografias aéreas, para que a partir deste reconhecimento fossem elaborados os mapas militares.

Foi uma experiência única e em que muito aprendi como homem e tive a oportunidade de conhecer profundamente varias regiões do nosso país.

Foi sem dúvida uma fase marcante da minha vida, pela possibilidade que tive em poder adquirir conhecimentos e o contacto com armas de fogo como a famosa G3, uma arma de guerra por Excelência. De outra forma, jamais iria ter possibilidade de fazer tiro com uma arma destas.

Terminado o serviço militar, em Julho de 1988, fui procurar emprego e de imediato comecei a trabalhar na Empresa Frederico Bonet, como motorista. Conheci um ambiente estupendo nos serviços, fui muito bem recebido e acarinhado por todos e fiz dos meus colegas os meus familiares e os meus alicerces de vida, que ainda hoje mantenho, tendo nesta altura conhecido o país todo, pois andava de terra em terra a fazer distribuição de mercadoria.[a5] 

Essa situação deu-me algum conhecimento geral deste serviço em todo o país e permitiu-me, passado pouco tempo, ser eu o responsável por organizar a distribuição para todos os motoristas[a6] . Nesta altura, fiz uma revolução nos métodos de trabalho nesta área, que foi simplesmente retirar os ajudantes de motorista, passando estes a andar sozinhos, assumindo eles não só a responsabilidade de conduzir, assim como também a entrega da encomenda no cliente, isto porque se tratava na maior parte dos casos de pequenos volumes, sendo fácil de conciliar as duas tarefas, fazendo desta forma uma redução de custos considerável para a empresa e tendo sugerido um aumento de 25% no salário destes.

Logicamente que todos aceitaram e ficaram contentes com esta nova forma de trabalho, que para além de ser mais vantajosa para a empresa era também benéfica para os motoristas. Foi uma mudança que parecia inicialmente impossível implementar, mas que resultou e foi muito bem aceite e vantajosa para ambas as partes.

A gestão do tempo de cada um era outra tarefa complicada de controlar naquela altura, pois não havia telemóveis nem os meios de que dispomos hoje para fazer esta gestão, então, por vezes, era necessário recorrer aos próprios clientes para transmitir ao motorista que quando lá fosse depois telefonasse para a empresa para receber indicações.

Esta forma de trabalhar era o que na altura se podia fazer, sendo nos dias de hoje uma tarefa muito simples de resolver, mas também havia naquele tempo uma relação mais próxima entre fornecedores e clientes e a sua relação pessoal era mais importante que nos dias de hoje, porque as novas tecnologias de informação e os métodos de trabalho são completamente diferentes e com múltiplas vantagens, mas no que se refere ao relacionamento humano, neste sentido perdeu-se muito.

Antigamente, um vendedor era o chamado viajante e muito respeitado por parte dos clientes, pois era ele praticamente o único ponto de contacto entre a empresa fornecedora e os seus clientes, mas nos dias de hoje em muitos casos já não acontece assim, sendo que em grande parte a negociação e as compras são centralizadas e nas lojas já não existe comprador, alterando desta forma os métodos de trabalho.

Na altura, os vendedores utilizavam uma ficha de papel, onde eram registadas as visitas aos clientes e as compras por produto, para que na visita seguinte tivessem o registo anterior e fosse mais fácil a gestão dos stocks e encomenda.

Nos dias de hoje, os vendedores andam munidos com computadores portáteis que dispõem de toda essa informação actualizada e completa sobre cada cliente, produto, preços, fotos dos artigos, stocks, etc., facilitando muito a análise de todas as situações em tempo real e permitindo fazer uma melhor gestão do cliente.

Por outro lado, também os clientes já dispõem de informação informatizada e mais controlada, sendo que na maior parte dos casos a encomenda é entregue já impressa pelo sistema do cliente ou até enviada por edi, correio electrónico ou fax.

[a7] Na época, trabalhava de segunda a sexta das 08h30 às 18h00 e comecei a estudar à noite, na Escola Secundária Patrício Prazeres, em Lisboa, mas foi difícil conseguir conciliar os estudos com o trabalho porque muitas vezes ficava fora de casa, não podendo ir às aulas.

Nesta altura, foi difícil gerir o meu tempo útil, pois tinha de conciliar os estudos com o emprego e algumas vezes tive de prescindir de algumas coisas, tais como saídas com os amigos, para poder dedicar o tempo disponível aos estudos.

Aproveitava os tempos de espera nas entregas para estudar e desta forma estava a ganhar horas de estudo no horário de trabalho. Na escola recorria a algumas informações e apontamentos por parte dos colegas de turma, relativamente às matérias dadas nos dias em que não podia ir à escola, de forma a não perder a matéria dada.

Em termos profissionais, recorria ao mapa de Portugal, para elaborar rotas mais eficientes no sentido de poder ganhar tempo e poupando nas despesas de viagem para mim e para a empresa. Sempre que era possível, já deixava a carrinha carregada no dia anterior e começava sempre as entregas do cliente mais distante em sentido inverso, pois desta forma terminava o serviço mais perto de casa, sendo gasto o tempo de viagem para o cliente mais longo de madrugada e quando o cliente abria eu já lá estava à espera para fazer a entrega. A organização das voltas de distribuição era feita sempre desta forma e por regiões, de forma a fazer o maior número de entregas por dia com a menor distância percorrida, tanto quanto possível, poupando desta forma tempo e custos de deslocação.

Na minha opinião, foi importante esta organização e planeamento a nível profissional, pois, além da redução de custos para a empresa, também a nível pessoal dispunha de mais tempo para mim e, independentemente de tudo isto, fazia-me sentir bem comigo próprio, porque tinha conseguido atingir os objectivos a que me tinha proposto quando iniciei este trabalho. Esta organização e gestão profissionais foram importantes para mim, porque me foram reconhecidas competências para o desempenho das minhas funções e progresso na carreira, nesta altura, tendo tido também, para além de tudo, possibilidade de conhecer praticamente todo o país, situação que mais tarde se veio a revelar importante, para poder fazer o planeamento e gestão de zonas de trabalho e o conhecimento do mercado e dos clientes.

A demonstração de organização e planeamento, junto com os resultados obtidos, comparativamente com o passado, nesta área foram suficientes para o Director da empresa nesta altura me ter prometido que contava comigo para a equipa comercial, mas essa situação foi demorando e eu tinha já nos meus horizontes vir a trabalhar na área comercial, porque achava que tinha competências para algo mais estimulante do que chefiar uma equipa de distribuição.

Sempre esteve presente na minha cabeça concluir os estudos e talvez passar a nível superior, tirar uma licenciatura, mas nesta altura necessito, de facto, de assegurar o meu posto de trabalho e também a minha situação financeira.

CP – Programação DR2

Por esta altura, conheci a Cristina, com quem comecei a namorar e que se tornou minha esposa a 21 de Outubro de 1989.

Após um período de pesquisa e de ter visto várias casas, finalmente comprámos casa em Vialonga, um R/C T3 novo a estrear e muito acolhedor, mas foi a nossa primeira casa e a base de partida para o início de uma nova etapa das nossas vidas.

Durante um ano, a nossa tarefa foi mobilar e preparar a nossa casa para que após o casamento tudo estivesse preparado e assim foi.

No dia 21 de Outubro de 1989, casei com a Cristina Maria Ratana da Conceição Caeiro e era o início da vida de casado e da partilha de várias responsabilidades que até aqui não existiam, tais como a responsabilidade de pagar a água, a electricidade, a renda da casa, o gás e o condomínio.

A minha ambição era trabalhar em vendas, que é o que mais gosto de fazer, mas o tempo estava a passar e a oportunidade que me tinha sido prometida pelo Director Geral em passar para o departamento comercial tardava e foi então que decidi mudar de emprego.

Estive nesta empresa até aos 25 anos e depois surgiu a possibilidade de ir trabalhar como comercial para a Fapil[a8] , onde ainda hoje permaneço como Director Comercial.

Esta empresa tem 90 funcionários mas o departamento comercial era composto por 12 pessoas, um director de vendas e 11 vendedores, que têm como função principal a divulgação e a venda dos produtos (ou serviços) de uma empresa junto a um universo específico de clientes (consumidores ou revendedores) desses produtos.

O desenvolvimento do trabalho inclui a pesquisa, localização e o contrato com esses “clientes potenciais” para a compra e uso (ou revenda) dos produtos oferecidos.

 

A realização da venda propriamente dita (obtenção de pedidos) é a faceta mais importante e característica da função de vendedor. No entanto, existem muitos aspectos relevantes que devem ser considerados e colocados em ação, para que ela se torne mais efetiva.

O resultado deste trabalho não pode ser uma simples alternativa, vendeu ou não vendeu, porque a cada visita devo perseguir os seguintes objectivos:

1 – Efectuar vendas (obter Pedidos) – a minha principal preocupação.

2 – Levar (novas) informações – novos fabricantes, com produtos e promoções.

– Obter (novas) informações para poder planear novas visitas que propiciem obter pedidos, devo certificar-me das necessidades deste, assim como a actuação da minha concorrência junto deste.

Os vendedores reportam ao Director de vendas e a comunicação neste caso é feita tanto pessoalmente, como através de email, ou telemóvel[M9] , que hoje em dia muito utilizamos na relação não só com os clientes, assim como também entre os diferentes sectores. O nosso programa de correio electrónico é o David Info-center, uma ferramenta de trabalho indispensável hoje em dia.

A nossa equipa de vendas é composta hoje em dia por 8 elementos, sendo que um deles acumula a responsabilidade de responsável da nossa delegação norte.

A função deles na generalidade é vender, mas em alguns casos fazem entregas e reposição e actuam em grupos em que uns complementam o trabalho de outros, ou seja, os vendedores júnior fazem apoio de reposição e vendas a clientes indirectos e mais pequenos e os vendedores seniores acompanham e fazem a gestão dos clientes maiores e fazem a gestão da zona de trabalho.

A ligação que se estabelece entre os vários elementos que compõem a equipa de vendas é muito importante para que a informação flua entre todos, de forma que estejamos em sintonia em todo o mercado.

A gestão da equipa é feita por mim e nesse sentido traço os objectivos individuais e de grupo, os routings e condições comerciais para os clientes.

Faço o controlo dos relatórios de vendas e desta forma vou sugerindo alterações ou novas propostas a clientes. O contacto com a minha equipa de vendas é facilitado, porque todos dispomos de computador e mesmo por telemóvel vamos falando sempre que necessário.

É importante todos os elementos estarem em sintonia para o bom funcionamento da equipa, na medida em que se pode partilhar mais facilmente informação e ao mesmo tempo poder estar de acordo sobre determinados aspectos que podem ser influentes na resolução de situações de conflito com os clientes, etc. Por isso, todos os elementos da equipa são fundamentais.

CP – Identidade e Alteridade DR2

A comunicação é feita entre nós na grande maioria por email e de uma forma menos formal, particularidade do próprio email, mas quando essa mesma comunicação é feita com os nossos clientes o texto já terá de ter outra formalidade e em muitos casos carta em formato comercial em anexo.

A comunicação com o cliente é um factor muito importante e, no caso de ser eficiente, pode ajudar a fidelizar o cliente.

A comunicação com o cliente é a principal arma de um comercial e tem de a saber utilizar, porque o resultado de uma boa negociação em parte depende muito dessa abordagem, que seja pessoal ou por escrito.

A linguagem utilizada deverá ser cuidada, para de alguma maneira o cliente perceber que está perante um profissional e de certa forma a imagem da empresa é em primeira análise a que o comercial consegue transmitir ao cliente.

Normalmente, tenho uma forma educada e cuidada de falar com os clientes e mesmo quando acontece o caso de se passar a ter muita confiança com o cliente tento sempre manter essa forma de estar, porque é no meu ponto de vista importante que o cliente mantenha a imagem que tem de nós desde o início e que motivou muitas vezes a que a abertura fosse diferente.

Como os clientes que faço são de rotina, ou seja, o contacto é mantido durante anos com frequência, isso dá muitas vezes origem a que se consiga obter uma relação mais de amizade do que uma relação comprador e vendedor. Esta é uma das principais vantagens do poder de argumentação é conseguir conquistar a confiança do cliente, para depois utilizar a técnica vender a mim (faço eu a encomenda sozinho).

 CP – Abertura Moral DR2 e Argumentação e Assertividade DR2

Foi um desafio que aceitei na altura, pois ia ganhar menos dinheiro, mas em que a possibilidade de progredir na carreira era bastante superior, o que se veio a verificar passado pouco tempo.

Fiz contrato de trabalho com a Fapil, como vendedor da zona Sul, tendo como chefe de vendas o Sr. Rogério Jorge, que muito me ajudou e ensinou, sendo também muito mérito dele a minha evolução e por isso me foi concedida a responsabilidade de todos os clientes a sul do Tejo. Tinha isenção do horário de trabalho e a minha adaptação foi fácil e com bons resultados imediatos, quer para a Empresa quer para mim, pois estava a fazer o que mais gostava e também a ter resultados positivos do meu trabalho e a ultrapassar todos os objectivos que me tinham sido dados como meus deveres (assiduidade, volume de vendas, aumentar a carteira de clientes). Foi importante a obtenção destes resultados, para que depois fosse possível a progressão na carreira.

Tive uma evolução natural, mas conseguida através de obtenção de bons resultados de vendas, mas com a evolução dos tempo foi necessário fazer outras aprendizagens por forma a poder utilizar outras ferramentas de trabalho e nesse sentido a empresa contribuiu, pagando uns cursos de informática (Excel, Word, Access, PowerPoint) e de vendas e negociação, para que eu estivesse mais preparado para outros desafios que mais tarde se vieram a proporcionar. Neste caso, o contributo da empresa foi importante pois permitia que tivesse a possibilidade de ter formação sem custos para mim e continuar a desempenhar as minhas funções.

CP – Reflexividade e Pensamento Crítico DR2

Nesta minha profissão e de acordo com a lei, devo trabalhar 5 dias por semana por 8 horas diárias, mas desde logo me foi concedida isenção de horário de trabalho, para poder desempenhar as minhas funções sem restrição de tempo e poder gerir esse mesmo tempo de trabalho diário em função das necessidades.

Após um ano de serviço, por direito, posso tirar férias por um período de até 30 dias. Quando tiro férias, recebo o valor do meu salário com um vencimento adicional.

Além das férias, tenho por direito receber subsídio de Natal.

O salário foi negociado quando entrei para a empresa e é um direito que tenho como trabalhador, sendo que no meu caso tenho também as comissões e prémios de vendas e objectivos, como complemento ao vencimento normal.

Falar de direitos é óptimo, mas também tenho muitos deveres e restrições.

Pelo facto de ser comercial de uma empresa tenho o dever e a responsabilidade de manter em sigilo muitas informações confidenciais, assim como não posso também desenvolver em paralelo esta actividade para outra empresa.

Neste sentido, concordo com os direitos que me foram atribuídos e também com os meus deveres para com a entidade patronal, que respeito e também da mesma forma os meus direitos são respeitados.

CP – Direitos e Deveres DR2

No entanto, tudo era diferente e tive de aprender a trabalhar com outras ferramentas de trabalho, tais como o computador, impressoras, fotocopiadoras, telemóvel, fax…

Lembro-me do meu primeiro telemóvel[a10] , para o carregar tinha de retirar a bateria e colocá-la numa base que ligava à corrente para o fornecimento de energia/carga, coisa que hoje basta ligar à corrente.

A evolução do telemóvel [M11] foi notória, os primeiros, pelo que me recordo, somente davam para efectuar e receber chamadas, as suas baterias duravam cerca de 8 horas, o peso rondava os 100/150 gramas, consoante a marca, e os preços eram bastante elevados, isto por volta do ano de 1991/2.

Também com a evolução e com a competitividade de mercado, o telemóvel começou a baixar o seu preço de venda ao público, podendo hoje ser possível adquirir um telemóvel no valor de 50€ a 100€, já com funcionalidades muito avançadas comparativamente aos primeiros.

Tal como no computador, é possível navegar no telemóvel, desde que este suporte a instalação do browser, ainda as próprias operadoras oferecem/dispõem de um número de marcação rápida, onde se podem consultar restaurantes e farmácias por proximidade, condições do tempo e trânsito, entre outras coisas.

As SMS vieram substituir a chamada telefónica, a sua utilização, e segundo sondagens efectuadas pelas operadoras, é superior à chamada voz. Claro que o que dificulta esta via de comunicação é o número limitado de caracteres por mensagem.

A nível particular, é um meio de comunicação com as pessoas mais "próximas". Eu considero que sou um utilizador intensivo do telemóvel, tenho dois telemóveis, um da rede 93 (profissional) e outro da rede 91 (particular), sendo que utilizo o 93 para chamadas de trabalho e o 91 para assuntos particulares ou familiares.

Com isto, posso deste modo acrescentar que a nível social o telemóvel, quanto mais configurações e programas tiver, o facto de a marca e o modelo ser topo de gama, confere um certo status em algum círculo social. A nível profissional, é mais uma ferramenta de trabalho, mas também, da mesma forma, continua a ser, na minha opinião, uma maneira de nos diferenciar hierarquicamente. Como exemplo, temos o facto de na minha empresa os motoristas terem um modelo mais básico, os vendedores já têm um telemóvel [M12] mais sofisticado, com mais funcionalidades, máquina fotográfica incorporada, etc., os directores com um modelo topo de gama e a Administração modelos do tipo tablet…

A comunicação escrita feita através de sms tem uma forma usual em que é regular a utilização de abreviaturas ou substituição de letras por letra com o mesmo som fonético, como, por exemplo:

  • chá=xà chave=xave obrigado=ogado quando=kando
  • que=ke finalmente=final/te logo no café=lg café

A compreensão e interpretação da mensagem por parte do receptor é rápida, pois segundo um estudo efectuado por técnicos desta área (língua) basta estar a 1ª letra e a última em ordem correcta para que se entenda a frase ou texto.

Eu normalmente também faço uso desta forma de escrever e passo a indicar:

Boa nt td bem? Só pa dizr k lg chg mais trd. bj

 

Durante uma chamada telefónica, estabelece-se o contacto através de ondas eletromagnéticas, que são duas entidades interdependentes entre si, o campo eléctrico E e o campo magnético H. Não são possíveis de observar a não ser através de uma representação artificial. Estes campos evoluem no espaço como uma onda, daí a sua designação “electromagnética”.

Um telemóvel utiliza duas frequências diferentes: uma para falar e outra para ouvir, permitindo uma conversa normal. Uma rádio tem 40 canais, um telemóvel comunica através de milhares.

Para mim, o uso do telemóvel é maioritariamente para fazer e receber chamadas, mas não o uso apenas para isso. Utilizo também muitas vezes as ferramentas nele disponíveis: calculadora, máquina fotográfica, agenda… Mas, o que realmente mais uso é o relógio e o despertador.

For me, the use of the mobile phone is mostly for making and receiving calls, but it is not the only use for it. I also use very often the tools available there like: calculator, camera, and agenda. But, what I really use more is the clock and the alarm clock.

 

 

No contexto pessoal e privado é um utensílio já indispensável, até porque tenho de estar sempre contactável para os meus pais, que já têm idade avançada e em caso de alguma emergência ligam-me de imediato. Também a minha esposa está em contacto comigo durante o dia e por vezes precisa de alguma coisa do supermercado ou outra situação qualquer e fica o assunto resolvido com uma simples chamada.

Tenho sempre o cuidado de não deixar o telemóvel apanhar água ou mesmo estar exposto ao sol para não se danificar e manter bom aspecto.

A forma como aprendi a trabalhar com este equipamento foi fácil e com a prática do dia-a-dia na sua utilização.

                 

 

Fonte:http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Interessante/content/O-Lado-Desconhecido-dos-Telemoveis?bl=1&viewall=true

 

Sobre a utilização do telemóvel, alguma classe médica (O.M.S.) defende que é prejudicial para a saúde[a13]  das pessoas, devido à sua radioactividade, provocando cancro.

Esta classe (O.M.S.) defende que o uso do telemóvel é prejudicial à saúde e apresenta argumentos com base em estudos epidemiológicos internacionais sobre os efeitos negativos das radiações de telefones sem fios e telemóveis, concluindo que há um risco potencial de glioma, tumor do sistema nervoso.

Além disso, defendem também que há ainda um risco acrescido de neurinomas do acústico, tumores benignos do nervo auditivo. Em 2010, a epidemiologista ambiental norte-americana Devra Davies acusou a indústria dos telemóveis, no seu livro ‘Disconnect’, de tentar eliminar qualquer prova científica dos perigos deste tipo de radiação, controlando e atribuindo fundos para a investigação científica.

 

Uso de telemóveis é "possivelmente cancerígeno"

 

“A agência de investigação do cancro da Organização Mundial de Saúde admitiu, terça-feira, que o uso de telefones portáteis, nomeadamente telemóveis, deve ser considerado como "possivelmente cancerígeno para os seres humanos".

"As provas, que continuam a acumular-se, são suficientemente fortes para justificar uma classificação de nível 2b" (um dos cinco níveis que define os produtos possivelmente cancerígenos para os seres humanos), afirmou o presidente daquele grupo de trabalho da Organização Mundial de Saúde (OMS), Jonathan Samet.

O responsável falava no final de um encontro, da responsabilidade do Centro Internacional de Investigação do Cancro, que reuniu durante oito dias em Lyon, França, cerca de trinta especialistas de 14 países.

"O grupo de trabalho definiu esta classificação com base em estudos epidemiológicos que demonstram um risco acrescido de glioma, um tipo de tumor cerebral, associado ao uso de telefones sem fios", afirmou Jonathan Samet.

O responsável explicou que a classificação 2b significa que "pode haver risco e que é preciso acompanhar de perto a relação entre o uso de telefones portáteis e o risco de cancro".

A classificação vai de 1 (cancerígeno para o ser humano) a 4 (provavelmente não cancerígeno para o ser humano). O nível 2 foi dividido em 2a (provavelmente cancerígeno para o ser humano) e 2b (pode ser cancerígeno para o ser humano).”

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1866513 

Notícia publicada pelo JN em 2011-05-31

Pelo contrário, as operadoras de telemóveis, de uma forma geral, defendem que o uso de telemóvel não é prejudicial à saúde e baseiam-se em estudos contraditórios no que diz respeito a esta matéria.

Na minha opinião, relativamente ao facto de as emissões de radiação emitidas pelos telefones serem ou não nocivas para a saúde, ninguém se entende.

Naturalmente que havendo um negócio de biliões envolvido, qualquer estudo que surja pode ser interpretado pelo público como sendo tendencioso e o facto de haverem estudos de mercado contraditórios não ajuda nada a contrariar essa ideia.

Por esse motivo, recentemente foi feita uma análise de alguns estudos anteriormente realizados de forma a tirar a situação a limpo e a conclusão a que se chegou foi que continuam a não existir dados concretos que mostrem que o uso de telemóveis possua radiações ou outros elementos que sejam nocivos à saúde.

A entidade responsável por esta revisão de estudos foi a “Health Protection Agency” do Reino Unido, tendo para o efeito sido analisadas centenas de pesquisas anteriormente realizadas e não se encontrando ligações conclusivas entre a exposição a radiofrequências e o risco de cancro, função cerebral e cardiovascular ou infertilidade.

No entanto, o estudo defende que a situação deverá continuar a ser acompanhada, porque pouco ou nada se sabe ao certo sobre os efeitos a longo prazo da exposição.

Este relatório acaba por bater certo com um outro do Instituto de Epidemiologia do Cancro, na Dinamarca, mas vai completamente contra o advogado pelo relatório da Organização Mundial da Saúde.

Na minha opinião, não concordo com este estudo e, neste sentido, considero que o uso do telemóvel não é prejudicial à saúde, mesmo daqueles que fazem uso do telemóvel de uma forma mais intensa. Embora não tendo competências nesta matéria, penso deste modo por haver telemóveis há tantos anos sem que se tenha provado este facto e outros estudos já efectuados nesta área serem também contraditórios.

Recentemente, um estudo realizado por uma Universidade na Florida (U.S.F.) revelou que ratos geneticamente modificados e que apresentavam um modelo animal de Alzheimer foram expostos a um campo electromagnético parecido com o que é produzido pelos telemóveis e ao que parece a memória dos ratos melhorou.

No entanto, não coloco de parte o facto de haver uma pequena possibilidade de risco se o uso do telemóvel for excessivo. Por isso, tento fazer uso do telemóvel de uma forma normal, sem excessos de tempo nas chamadas.

Hoje, os pacotes de utilização que as diversas operadoras lançaram, sendo possível fazer chamadas a custo zero entre números do mesmo operador e do mesmo pacote, vieram de certa forma fazer aumentar o tempo de duração das chamadas, na sua grande maioria entre os utilizadores mais jovens, que fazem, também na sua grande maioria, uso em excesso do aparelho.

Também no campo ambiental, podemos dizer que se perdeu, não sendo eu grande conhecedor das leis aplicadas à Física e Química, mas a criação de torres de antenas, as radiações enviadas por estas e pelos próprios telemóveis foram um dos pontos negativos, assim como o lançamento de satélites artificiais para o espaço a fim de poder haver um emissor e receptor, contribuindo no lançamento destes para o aumento do buraco da camada de ozono.

Passou a ser proibido falar ao telemóvel durante a condução, tendo esta medida gerado alguma controvérsia porque há quem defenda que o número de acidentes provocados pelo facto de o condutor ir a falar ao telemóvel é muito baixo e não é comprovado na maior parte das vezes, ao passo que outras pessoas dizem que durante a condução falar ao telemóvel limita a atenção e reflexos do condutor.

Eu defendo que não se deve falar ao telemóvel durante a condução, porque de facto considero que no meu caso fico limitado e com menor atenção ao que vou a fazer.

Até mesmo com auricular, a nossa atenção é menor e até já me aconteceu em auto-estrada passar a saída onde queria sair e só depois me aperceber disso mais à frente, isto por estar a falar ao telemóvel e, desta forma, o meu pensamento estava em outro lugar.

A multa por ser apanhado a falar ao telemóvel actualmente penso que é 250€ e é considerada uma infracção muito grave.

Outro equipamento com que tive de começar a trabalhar com frequência foi a impressora Xerox Phaser work center 5230[M14] , que temos no escritório, pois é neste equipamento que faço a impressão dos trabalhos que desenvolvo no computador.

Esta impressora a laser tem um processo de impressão a laser que se baseia em alguns princípios científicos muito simples, mas aplicados de maneira inovadora.

Um desses princípios é a electricidade estática, ou seja, uma carga eléctrica aplicada sobre um objecto em isolamento. Átomos e campos de electricidade estática com cargas opostas que se atraem, resultando no sistema de “cola temporária” para as impressoras a laser.

Um cilindro ou tambor que é revestido por um material fotocondutor. Este conjunto é atingido por uma luz fóton. O cilindro, carregado positivamente, vai girando e uma luz laser atinge alguns pontos, desenhando as imagens a serem impressas. Quando a imagem estiver gravada por completo, este é coberto pelo toner, que carregado positivamente adere às áreas gravadas pelo laser. Com o toner fixo sobre o cilindro, este rola pela folha de papel. O papel recebe uma carga negativa antes de entrar na cinta, então puxa o toner para si, sendo “descarregado” logo após o contacto com o toner. Em seguida, o papel passa por um fusor, dispositivo que emite calor para fundir o toner com as fibras do papel.

Por este processo, o papel chega quente à bandeja de saída. A temperatura para esta fusão é elevada e o papel só não pega fogo devido à velocidade com que passa pelo fusor. Depois de o toner ficar no papel, uma lâmpada de descarga aplica uma luz muito intensa sobre o cilindro para apagar a imagem que estava gravada. Em seguida, ele recebe novamente uma carga eléctrica positiva para a próxima impressão.

As principais vantagens destas impressoras a laser são a velocidade, a precisão e a economia, comparativamente com as impressoras a jato de tinta.

Inicialmente, aprendi o essencial, apenas a colocar um papel carregar no start e saía a cópia. Depois, com a continuação do uso que faço deste equipamento no trabalho, comecei a aprender a realizar mais tarefas na fotocopiadora, sendo que a nossa recepcionista Cátia, que teve formação específica com este aparelho, também me ensinou a fazer alguns trabalhos, como tirar cópias de frente e verso, impressão a cores, a reduzir e ampliar documentos. Posso também fazer PDF de documentos e enviar a partir desta directamente para o meu email e depois reenviá-los por esta via ou simplesmente guardá-los em arquivo electrónico.

Esta impressora multifuncional é uma máquina de escritório que combina as funções de impressora, scanner, fax e leitor de cartões de memória. Ela permite, igualmente, enviar um documento por e-mail. Uma tela LCD permite comandar esta impressora. Modelo laser ou jacto de tinta, as impressoras multifunções substituíram progressivamente as impressoras tradicionais na empresa, pela vantagem de aumentarem a produtividade reduzindo os custos.

This all-in one printer is a office machine that combines the functions of printer, scanner, fax, and memory card reader. It also allows sending a document by email. A LCD screen lets you control this printer. Model laser or ink jet, multifunction printers have replaced progressively the traditional printers in the company, with the advantage of increasing productivity while reducing costs.

 

 

 

Esta impressora a laser é topo de gama na área da impressão, sendo que os preços destas variam dependendo do modelo.

Tenho sempre o cuidado de não mexer em funções que ainda não domino, no sentido de não danificar alguma programação ou provocar alguma avaria na impressora. Por exemplo, quanto à mudança do toner, quando necessária, não sou eu que faço esta tarefa e chamo a minha colega Cátia. 

Mas, quando a impressora avisa que tem falta de papel, sei fazer o enchimento do compartimento de papel para que esta continue com os trabalhos em curso.

Utilizo com regularidade, para além da impressão simples, o envio de PDF de documentos a partir da impressora para o meu computador via email, sendo que em alguns casos até contratos que me enviaram, eu imprimi, depois assinei e faço o PDF do documento e volto a devolver ao cliente já assinado. Uma situação que em muitos casos evita que tenha de me deslocar ao cliente para assinar um documento, fazendo desta forma.

 

Decorrido um ano e meio, fui promovido e convidado a trabalhar como responsável da zona centro do País, que era a zona mais importante em termos de vendas e clientes da Empresa. Foi para mim mais uma motivação extra e também por ver reconhecido o meu valor, mas tive de me organizar e aplicar de forma diferente porque o desafio era exigente e então comecei a utilizar com maior frequência o computador. [a15] 

Independentemente do dinheiro, o que nos move e dá motivação são outras coisas, tais como ser elogiados perante várias pessoas, reconhecimento do nosso trabalho, promoções em termos de categoria profissional, ainda que monetariamente essas promoções não tenham alteração significativa.

Pelo contrário, ninguém gosta de ser criticado em público, sendo a reacção do indivíduo diferente se tiver uma crítica pessoal em privado ou perante outras pessoas.

Sem dúvida que estas formações (Excel, Word, PowerPoint, Inglês, Técnicas de vendas) me foram úteis e me ajudaram a progredir e a adquirir novos conhecimentos.

O computador, como é sabido, tem múltiplas funcionalidades e permite arquivar e obter muita informação de uma forma rápida e eficaz.

Utilizo o computador a nível pessoal [M16] para fazer pesquisas, para fazer as compras on-line, desde roupa a compras de mercearia, para fazer pagamentos através de caixa directa, através do sistema informático. Faço também o meu IRS [M17] e o Henrique tem a escola virtual. Utilizo-o ainda para conversar com os amigos por Messenger ou Facebook, com utilização da webcam, e transmito mensagens também pelo meu correio electrónico[a18] .

Eu costumo fazer bastantes pesquisas na Internet, seja por alguma dúvida que tenha sobre algum tema, a procura de uma morada, pesquisa de letras de músicas, filmes, fazer downloads de músicas e filmes, para uso próprio.

Independentemente da utilização a que se destina, profissional ou pessoal, é importante que o computador tenha um desempenho eficaz. No entanto, o desempenho não depende apenas de um factor. Neste sentido, apresento alguns dos factores importantes que afectam o desempenho global do computador.

A CPU é o cérebro do computador e a sua velocidade é um factor importante que afecta o desempenho global do computador. A velocidade da CPU é a taxa a que esta consegue executar uma tarefa, tal como mover dados de e para a RAM ou efectuar um cálculo numérico. Se tiver dois computadores cuja única diferença seja a velocidade da CPU, o computador com a CPU mais rápida executa a tarefa mais depressa.

Os discos rígidos diferem na capacidade de armazenamento e na velocidade de armazenamento e de obtenção dos dados. Se a velocidade de obtenção dos dados for grande, o computador demora menos tempo a iniciar e a carregar programas. Além disso, a velocidade e o tamanho do disco rígido também têm um papel importante quando um programa tem de processar grandes volumes de dados.

A RAM é a memória activa do computador. A velocidade de obtenção dos dados armazenados na RAM é muito grande e, por esse motivo, o computador utiliza-a para armazenar as informações que estão a ser utilizadas. Se a quantidade de RAM for suficientemente grande para conter todas as informações em utilização, o desempenho do computador é mais rápido. A velocidade e a quantidade de RAM são factores importantes no desempenho dos computadores pessoais. Quando não existe RAM suficiente num computador, este torna-se mais lento ou deixa de funcionar correctamente.

Depois temos os periféricos, tais como rato, teclado, colunas, monitor, que podem ter alguma influência na utilização ou aspecto geral, mas que a nível do desempenho pouca influência têm. Eu dou mais importância aos factores que têm importância no desempenho do computador do que propriamente ao seu aspecto exterior.

Neste momento, tenho computador portátil, mas já por duas vezes comprei computador de secretária e os componentes fui eu que os escolhi, fazendo um computador com as características que se ajustavam à minha utilização pessoal.

Neste sentido, escolhi o seguinte: Sistema Operativo: Windows® 7 Professional 64; Processador: Intel Pentium G630 (2,70 GHz, 3 MB de cache, 2 núcleos); Chipset: Intel H61 Express; Memória: 2 GB 1333 MHz DDR3 SDRAM; Placa gráfica: Intel HD integrada; Disco Rígido: SATA 3,0 Gb/s 500 GB 7200 rpm; Gravador DVD SATA SuperMulti; Som: Realtek ALC656; Controlador Ethernet Realtek RTL8171E Gigabit.

Desta forma, posso ter uma utilização mais rápida e de melhor qualidade.

O facto de ter possibilidade de ter computador pessoal, com características ajustadas à minha utilização, posso considerar que me trouxe uma melhor qualidade de vida, na medida em que não tenho de me deslocar com tanta frequência ao banco ou às finanças para tratar de assuntos, tais como pagamento de impostos [M19] ou declaração anual de IRS, ou, no caso do banco, fazer aplicações, transferências, pagamentos, etc. A partir do PC, em casa, passei a desempenhar algumas tarefas que até então só eram possíveis de fazer com deslocações e perdas de tempo para resolver algumas coisas que hoje faço em casa em alguns minutos.

A utilização da Internet é diária e constante, seja para trabalho ou para simplesmente "navegar" um pouco em busca de novidade. É cada vez maior o número de pessoas que utilizam a Internet, seja para efectuar compras ou simplesmente para poder comunicar no ciberespaço com um amigo que se encontra longe.

As redes sociais, neste caso o Facebook, permitiu que fosse possível organizar um almoço de amigos de infância, que já não via há muitos anos e que através desta rede social foi possível encontrar.

Um dos meus amigos lembrou-se de criar uma página no Facebook e procurar todos os amigos e depois de ter sido possível encontrar a maior parte deles foi só marcar um restaurante onde nos encontrámos todos e foi muito engraçado ver amigos de há 25 anos atrás.

CP – Programação DR1 (desenvolve também noutro local)

E assim entraram na nossa linguagem palavras como download, PowerPoint, upload, software, hardware, enter, rato, pen, teclado, Excel, Word, base de dados, anti-vírus, browser, email, home page, etc.

Profissionalmente, utilizo muito as novas tecnologias, o computador, impressoras, faxes, fotocopiadoras, etc., sendo o computador uma ferramenta imprescindível para o desempenho das minhas tarefas diárias.

Utilizo o computador [M20] quase em todas as tarefas, relatórios, inserir dados, retirar informação, tanto do nosso sistema informático como da Internet. A pen utilizo-a para partilhar informação; o gravador de CD para guardar informações e assim tornar o nosso arquivo menos pesado;[a21]  o aparelho multifunções para tirar cópias, enviar e receber faxes e digitalizar informação; o telemóvel para receber chamadas, tentando estar sempre contactável com recurso ao email para mais fácil comunicação com os clientes. Tirei vários cursos, tais como Word (Iniciação e Avançado), Excel (Iniciação e Avançado), Negociação Comercial, Inglês, Vendas e Negociação.

Estes cursos foram importantes para mim, tanto a nível pessoal como profissional, porque permitiram que pudesse utilizar outros meios mais eficazes de comunicação, apresentação de trabalhos e propostas comerciais, utilizar técnicas de negociação, assim como entender melhor e falar Inglês.

No computador, a nível profissional, utilizo alguns programas informáticos, tais como SAP B1 e David Infocenter. São dois programas que utilizo diariamente tanto na gestão comercial, como na comunicação com os clientes.

Temos um programa informático para executar as diversas tarefas, que se chama SAP B1, de onde conseguimos extrair diversos mapas de vendas, stocks, contas correntes.

Habitualmente, utilizo mais o SAP para carregar tabelas de preços, descontos de acções promocionais, listagens de vendas, stocks, criar contratos de clientes e as suas condições comerciais, ver a rentabilidade de cada cliente ou de toda a carteira de clientes, consultar os valores em dívida por parte dos clientes, criar mapas de objectivos, tirar relatórios de vendas e objectivos, assim como também registo de encomendas e cotações, possibilitando enviar rapidamente facturas pró-forma aos clientes, via email…, etc.

O David Infocenter é o nosso programa de email e de facto é uma grande ferramenta de trabalho pois permite que a maior parte da comunicação, quer seja interna ou externa, seja feita a partir deste programa e desta forma, para além de ser mais económica e eficiente, é quase em tempo record porque todos estamos ligados a ele.

Este programa permite ter o registo de assuntos, agendar reuniões, colocar lembretes em assuntos de maior importância e principalmente fazer fluir informação de uma forma rápida e eficiente.

Outro programa que utilizo muito é o Excel, porque para fazer propostas a clientes normalmente são em ficheiro Excel, com descrição do artigo, preços, descontos e até fotos dos artigos incluídas.

Os mapas de análise de vendas também são trabalhados em Excel, com fórmulas incluídas para facilitar o cálculo de custos, descontos promocionais e rentabilidades, permitindo ainda apresentar também gráficos para que nas reuniões de vendas seja mais prática a sua apresentação e rápida leitura.

A nossa tabela de preços está em ficheiro Excel e criei uma fórmula (procv), por forma a facilitar a procura de artigos, preços, etc. ( =PROCV(H2;A:F;3;FALSO))

Esta procv permite colocar um simples código de artigo e ela faz a procura de todos os dados incluídos na tabela de artigos.

O Excel é uma folha de cálculo e imprescindível no desempenho da maior parte dos trabalhos que tenho de apresentar e, desta forma, para além de eficiente, é também muito útil.

Nas reuniões de direcção tenho de apresentar sempre os resultados de vendas dos trimestres e são feitos em folha Excel, com gráficos para apresentação.

As novas tecnologias facilitam a comunicação entre os vários departamentos, no sentido em que o email e o telefone são ferramentas muito utilizadas e fazem com que rapidamente possamos interagir uns com os outros. O telemóvel é muito utilizado para comunicar com os vendedores, que normalmente andam no exterior, sendo que qualquer informação pode ser dada em tempo útil, ao contrário de outros tempos em que estas novas tecnologias não estavam ao nosso dispor. O departamento comercial tem de estar em contacto permanente com o departamento de facturação e financeiro e normalmente essa comunicação é feita por telefone e email internos, assim como o próprio sistema informático também facilita essa tarefa.

No desempenho da minha actividade profissional, as novas tecnologias tiveram uma forte influência, na medida em que permitem contactar os clientes de uma forma mais fácil e rápida e, no caso do email, até fica registado o contacto.

Hoje em dia, as novas tecnologias são imprescindíveis para o contacto entre as empresas e os seus clientes.

Eu penso que esta situação é importante mas muito impessoal e desta forma pode ser perigoso o abuso destas novas tecnologias porque o poder de persuasão fica mais difícil de se aplicar, sendo necessário também que neste caso os comerciais, incluindo eu, tenham uma preparação e conhecimentos que permitam fazer uma gestão e utilização adequada destas novas tecnologias.

Há uns anos atrás, era impossível contactar com clientes com tanta frequência, facilidade e rapidez, ao passo que hoje, graças às novas tecnologias, essa tarefa está praticamente à distância de um clique, ou seja, hoje em dia telefonamos, enviamos email e até documentação digitalizada, tais como contratos e outros documentos, com muita facilidade, comparativamente com outros tempos, em que era mais utilizada a máquina de escrever, para envio de cartas por correio, etc. Tudo isto permite que se consiga ter uma redução de custos com deslocações e o contacto ser mais fácil, tendo como vantagem conseguir melhores resultados de vendas na medida em que se conseguem fazer chegar propostas, catálogos, etc., sem ter de esperar algum tempo para a deslocação ao cliente. Por outro lado, o cliente também nos consegue formalizar encomendas de uma forma mais rápida e eficiente, ficando registadas sem erros e que posteriormente podem servir para desvendar eventuais erros (erros de facturação, preços, descontos).

Todas estas mudanças vieram facilitar e muito as minhas tarefas, quer pessoais ou profissionais, tendo grande influência nos resultados de negociação obtidos, assim como também na gestão do tempo disponível.

Não há dúvidas de que com o aparecimento das novas tecnologias passei a dispor de muito mais informação em tempo útil, passei a ter dados disponíveis que antes não tinha e até evitando muitas vezes deslocações porque o cliente fazia a encomenda por telefone ou por email.

Algumas vezes não fechava um negócio, porque tinha de confirmar na empresa a disponibilidade de stock de algum produto, mas agora já disponho dessa informação na hora, porque o meu computador portátil é fundamental para estas tarefas.

A forma de trabalhar passou a ser diferente, melhor e mais eficaz, devido a todas estas mudanças, assim como também o controlo de custos passou a ser mais eficiente e de maior rapidez, porque o sistema me dá toda a informação em tempo real, permitindo uma análise de conta de cliente no momento, enquanto que antes de ter este sistema esta tarefa chegou a demorar uma manhã ou uma tarde. Até para preparar uma reunião com o cliente, o tempo de análise era muito demorado e hoje é muito simples, porque temos toda essa informação no sistema e programa SAP B1.

CP – Complexidade e Mudança DR2

Os anos passavam e tardava em aparecer um filho, objectivo esse que era o que mais desejávamos, e foi então que procurámos ajuda médica para obter respostas sobre este problema que já nos começava a preocupar.

Fomos à Maternidade Alfredo da Costa, que era um dos poucos hospitais [M22] que tratavam deste tipo de problemas, mas aí fomos confrontados com o enorme tempo de espera, só para uma primeira consulta dois anos. Perante esta adversidade, que considero inadmissível nos tempos de hoje e num País em que a taxa de natalidade é baixa, procurei uma clínica particular, que era da responsabilidade do Dr. Pedro Sá e Melo, um dos maiores especialistas nesta matéria em Portugal.

Esta clínica tinha todas as condições (bom ambiente, privacidade, simpatia por parte da equipa médica e funcionárias) e em nada se parecia com as que vimos na Maternidade Alfredo da Costa, que tinha as instalações velhas e com poucas condições para receber os doentes e ainda o facto de haver sempre muita gente, dificultando desta forma ser possível um bom atendimento, mas acima de tudo a falta de privacidade que existe neste serviço é que me impressionou mais pela negativa.

Neste caso, o tempo de espera para a primeira consulta na clínica privada foi uma semana!

As diferenças entre o hospital público e a clínica privada são enormes, na medida em que o atendimento, para além de ser mais rápido, é também de melhor qualidade no sector privado, como é óbvio.

As filas de espera para marcação de consultas ou atendimento são enormes no caso dos hospitais públicos, mas no que se refere às clínicas privadas já é diferente, em todos os aspectos, melhor atendimento, melhor qualidade dos serviços, maior rapidez nos atendimentos e melhores instalações na grande maioria.

Eu tenho um seguro de saúde para o agregado familiar, que cobre os riscos de saúde, pelo que quando algum dos três fica doente vamos para o hospital da Cuf Descobertas em vez do hospital público.

A nível de saúde, tenho os mesmos problemas que a maioria da população portuguesa, níveis de colesterol alto. Neste momento e após análises clínicas, tenho-o a 278, quando deveria ter > 200.

Neste sentido, passei a ter alguns cuidados básicos com a alimentação, para evitar que os níveis de colesterol subissem e, por outro lado, que os valores desçam para os níveis normais.

Passei a evitar comer margarinas duras e gorduras sólidas para cozinhar, carnes gordas e enchidos, assim como também costeletas de cordeiro, hambúrgueres, bacon, salsichas, salames, patés, tartes, bolachas, bolos chocolates e pastelaria, lacticínios gordos, como queijo, natas e manteiga.

A minha alimentação passou a ser mais cuidada, evitando comer algumas coisas que façam mal ao colesterol e, por outro lado, tentar comer mais fruta, cereais, pão integral e legumes, assim como também iogurtes Danacol.

Consegui ao fim de pouco tempo baixar os valores e ficar dentro dos níveis de referência com os cuidados que passei a ter, sendo que vou fazendo análises com alguma frequência para vigiar os valores do colesterol.

 Recentemente, fui para as urgências do hospital de Vila Franca de Xira e deu para perceber as diferenças entre hospital público e privado.

A demora no atendimento foi de um dia inteiro, mas se fosse no hospital Cuf Descobertas seguramente que em duas horas estava despachado.

Ainda recentemente, o meu filho foi de urgência ao hospital da Cuf e foi operado ao apêndice no mesmo dia, tendo ficado depois 4 dias internado.

Neste caso, foi possível verificar que a diferença entre estes dois hospitais é enorme, porque o meu filho ficou num quarto individual e com a possibilidade de a mãe ficar numa cama no quarto, a qualidade dos serviços e atendimento, assim como também as instalações, são de uma diferença muito grande comparativamente com os hospitais públicos.

Penso que o Estado devia investir mais na área da saúde, principalmente no que diz respeito a infra-estruturas, modernização dos equipamentos e pessoal, porque no sector privado ela existe e, nesse sentido, estes hospitais devem acompanhar o desenvolvimento e melhoria do sector privado. Considero que é injusto sermos obrigados a descontar para a segurança social e depois pagar um seguro de saúde e não utilizar os serviços públicos, mas somos obrigados a descontar.

I think that the government should invest more in the area of health, especially in infrastructure, modernization of equipment and personnel, because in the private sector that exists and, in this sense, these hospitals must monitor the development and improvement of the private sector. I think that is unfair to have to redeem to social security and then pay a health insurance and do not use the public services, but we are obliged to redeem.

 

 

 

Neste momento, muita gente tem seguro de saúde e vai aos hospitais privados, mas se isso não existisse como seria possível assistir todos os doentes nos hospitais públicos e em que condições? Se neste momento existem muitas pessoas que pagam e não usam os serviços de saúde públicos e mesmo assim temos os serviços que temos, imagine-se como seria se todos passassem a usar os hospitais públicos.

Por outro lado, sou também a favor das medicinas alternativas, assim como a medicação "natural". Já utilizei ambas e não digo que não voltarei a fazê-lo, o único senão é o preço.

A medicina alternativa é uma das mais antigas e ancestrais, sendo esta a "mãe" da medicina moderna/convencional. O preço por consulta e a credibilidade dos técnicos desta área é que, muitas das vezes, deixa a desejar.

A nível da medicação, é de tão boa qualidade como um medicamento químico, novamente o preço está em conta e o tempo de resposta da utilização do medicamento também é superior ao resultado obtido por um químico.

Recorri à fitoterapia, que consiste em utilizar remédios à base de plantas para manter a saúde, curar doenças e talvez seja a mais antiga prática de cura do mundo. A fitoterapia é uma componente substancial da maior parte dos sistemas de cura tradicionais e engloba a medicina ervanária, comer alimentos vegetais de valor medicinal e tomar suplementos dietéticos com o objectivo de transmitir os benefícios de certos componentes alimentares com poderes terapêuticos, tais como:

Beringela: sumo diluído em água e limão;

Cenoura: sumo puro, antes das refeições;

Maçã: refeições exclusivas 3 vezes por dia.

Estes foram alguns alimentos naturais que me foram receitados, para baixar o colesterol e surtiram efeito pelo que considero ser uma boa alternativa aos medicamentos químicos.

CP – Reflexividade e Pensamento Crítico DR3/ Convicção e Firmeza Ética DR3/Abertura Moral DR3

Fizemos todas as análises e exames e havia de facto um problema de infertilidade que com tratamento seria possível ultrapassar, segundo o médico.

Dois meses depois, estávamos a iniciar um processo de tratamento que foi bastante complicado e doloroso para a minha mulher, com injecções diárias na barriga durante duas semanas. Mas o pior de tudo é, depois de terminado o tratamento, o tempo de espera, que são cerca de 15 dias para fazer uma análise e saber o resultado. A ansiedade durante este tempo é enorme e quando ouvimos dizer o médico que não resultou desta vez toda a esperança que tínhamos desaparece naquele instante e é para todos os casais a parte mais dolorosa de um processo de tratamento de infertilidade.

Nem fazia ideia da quantidade de casais com problemas de infertilidade no nosso país, mas após algumas pesquisas e informação sobre este assunto fiquei a saber que a infertilidade afecta cerca de 120 mil casais em Portugal.

Com a evolução da medicina, estão disponíveis actualmente diversos tratamentos para a infertilidade, conforme a sua causa. Entre eles, pode-se citar a fertilização in vitro (FIV), inseminação intra-uterina, indução da ovulação. O planeamento familiar é fundamental nesse momento, pois além de auxiliar o casal a alcançar o seu objectivo, o médico presta-nos também as orientações necessárias.

Voltámos a repetir o mesmo tipo de tratamento mais 4 vezes, mas sem sucesso. Este tratamento que fizemos foi dos mais complexos e avançados que existiam na altura e que era recente (a fertilização in vitro com micro-injecção). Depois de feita a punção e retirar os óvulos, é feita a colheita de esperma na mesma altura, posteriormente os espermatozóides são colocados dentro do óvulo com um processo inovador de micro-injecção, para depois serem colocados já como embriões no cólon do útero. Depois foi esperar o resultado durante 15 dias.

Todo este processo, quando explicado pelo médico, e mais concretamente no nosso caso, parecia muito possível de resultar, mas o facto é que a percentagem de sucesso em Portugal se situa nos 25% com este tipo de tratamento e na realidade connosco não resultou.

Este tipo de tratamentos é muito caro em clínicas particulares e, após 5 tentativas e sofrimento para tentar obter um resultado positivo, pensámos bem e desistimos deste processo e ponderámos sobre a possibilidade de tentar a adopção.

Foi então que, aos 30 anos de idade, nos fomos inscrever no Centro Regional de Segurança Social de Lisboa, para uma candidatura à adopção de uma criança. Fomos bem recebidos e informados pela Drª Paula Mocho que o tempo de espera num processo destes seria longo, para além das entrevistas e várias visitas a nossa casa por parte de uma equipa de avaliação, psicóloga e também assistente social, para verificar se o casal tinha condições para adoptar uma criança.

A adopção é o vínculo que, à semelhança da filiação natural, mas independentemente dos laços de sangue, se estabelece legalmente entre duas pessoas. Este vínculo constitui-se por sentença judicial proferida em processo que decorre no Tribunal de Família e Menores.
Existem dois tipos de adopção, que se distinguem, fundamentalmente, em adopção plena ou adopção de acolhimento, sendo que no meu caso é adopção plena.
O adoptado adquire a situação de filho do adoptante, integrando-se na sua família, extinguindo-se as relações familiares entre a criança e os seus ascendentes e colaterais naturais.

O adoptado perde os seus apelidos de origem. Em determinadas condições, o nome próprio do adoptado pode ser modificado pelo tribunal, a pedido do adoptante. Não é revogável, nem mesmo por acordo das partes. Os direitos sucessórios dos adoptados são os mesmos dos descendentes naturais.

 

Quem pode adoptar?

- Duas pessoas casadas ou em união de facto há mais de 4 anos e não separadas judicialmente de pessoas e bens ou de facto, se ambas tiverem mais de 25 anos;
- Uma pessoa, se tiver mais de 30 anos ou mais de 25 anos, se o menor for filho do cônjuge do adoptante.

Só pode adoptar quem não tiver mais de 60 anos à data em que o menor lhe tenha sido confiado, excepto se este for filho do cônjuge.

A partir dos 50 anos, a diferença de idades entre o adoptante e o adoptado não pode ser superior a 50 anos, excepto se o menor a adoptar for filho do cônjuge do adoptante ou em situações especiais.

 

Passados 5 anos e meio, estávamos em Agosto de 2003 e recebemos um telefonema do CRSS de Lisboa a perguntar se ainda estávamos interessados neste processo, ao qual respondemos positivamente e foi então que nos informaram que tinham uma criança para nós, caso aceitássemos. Claro que respondemos que sim e depois disso tivemos uma reunião para nos informarem sobre a situação do bebé, o nosso filho Henrique Caeiro, recém-nascido e com o processo para adopção plena resolvido. Passou o fim-de-semana e nós preparámos a chegada do nosso filho, comprando em 2 dias tudo o que é necessário e que normalmente acontece em 9 meses!

Na segunda-feira, lá fomos nós receber o nosso bebé ao CRSS.

Quando nos mandaram entrar, ele já estava com a roupinha que tínhamos comprado para ele, tendo sido um momento inesquecível.

Era tudo o que tanto desejava e foi sem margem para dúvidas a melhor coisa que alguma vez me podia ter acontecido.

O Henrique é uma linda criança, saudável, meigo, inteligente, bom aluno, extrovertido e ainda mais benfiquista que eu.

O Henrique veio sem dúvida dar sentido, força e motivação para enfrentar os desafios que a vida nos vai colocando diariamente.

O nosso filho foi a partir desta altura a minha prioridade e o centro das atenções, como é normal, mas havia ainda algo muito importante que era o de obter a adopção plena, que viria a acontecer só passado um ano, devido à burocracia destes processos.

Só a partir desta altura o Henrique tinha o nosso nome e pude tratar da documentação dele.

Na minha opinião, a adopção é não só um acto de coragem, mas também uma forma de poder criar condições de vida a uma criança que por qualquer que seja o motivo foi abandonado pelos seus pais biológicos e desta forma tem a possibilidade de ter uma família adoptiva que lhe proporciona todas as condições para se sentir feliz.

Para mim, os pais são aqueles que criam as crianças e não os que os fazem no acto sexual.

No entanto, na minha opinião, a adopção de uma criança é também um acto de coragem, pois quando nos inscrevemos para concorrer a uma adopção não sabemos que tipo de criança nos vai ser entregue, nem quando, nem em que condições de saúde, pois normalmente estas gravidezes não são vigiadas pelo médico e na sua grande maioria derivam de um estrato social mais baixo e associadas a problemas com álcool, tabaco, droga, prostituição, etc.

O meu filho não tinha qualquer problema de saúde e neste sentido temos de dar graças a Deus pelo filho que temos.

Antes da chegada do meu filho, muitas vezes me interroguei se algum dia viria a ter um filho adoptivo e, se tivesse, como seria ele ou ela.

CP – Identidade e Alteridade DR1

Com a chegada do Henrique, houve uma nova fase na minha vida, pois agora passava a ter outras prioridades e responsabilidades que até então não existiam e, desta forma, veio alterar completamente a nossa forma de vida.

Foi uma fase onde tive de dedicar muito tempo a toda esta situação, com consultas ao pediatra para mais exames e para nos aconselhar.

Depois, tive também de dar entrada no Tribunal de família com o pedido de adopção plena e do nome dele para o nosso, processo que levou um ano a resolver e só foi possível fazer depois da adopção plena concretizada.

Todas estas situações eram prioridades para mim e, devido ao facto de ser também bebé, obviamente que alterou o meu modo de vida, para poder acompanhar de perto o Henrique.

As saídas à noite, jantares fora, viagens para fora eram agora mais difíceis de fazer e de certa forma podemos considerar que a minha liberdade era limitada porque o Henrique para mim passou a ser a prioridade de tudo.

CP – Direitos e Deveres DR1

O Henrique foi muito bem aceite por toda a família e neste sentido a sua adaptação foi muito fácil e para nós uma alegria imensa.

Penso que o Estado devia dar apoio aos casais com problemas de infertilidade, porque neste caso não temos qualquer comparticipação do Estado neste tipo de tratamentos em que os custos são bastante elevados (um tratamento custa mais ou menos 5.000 euros).

Nos hospitais públicos, devia haver mais apoio e serviços para este tipo de tratamentos, tal como acontece em outros países, em que inclusivamente o Estado comparticipa com 80% do valor dos tratamentos.

O Henrique tinha um ano e meio quando fizemos o baptizado dele na Igreja de Vialonga, em 12 de Junho de 2005, tendo convidado toda a família e alguns amigos mais chegados para assistir ao baptismo, que são valores que transmitimos aos nossos filhos tal como os nossos pais nos transmitiram a nós e encaminham na fé religiosa.

Baptismo é aquela cerimónia autorizada por Deus e dada por Cristo às suas igrejas, assim como também um acto público.

No ano seguinte, em Julho de 2004, fui convidado pela Administração a assumir o cargo [a23] de Director Comercial da Empresa[a24] .

Eu defino, em colaboração com o Director Geral (a quem reporto), a estratégia comercial da empresa. Faço a gestão da equipa de vendas de acordo com a política comercial, definida pela empresa. Determino os acordos e as condições de venda, bem como supervisiono a administração das vendas. Defino, em conjunto com o Director de Marketing, os planos de marketing operacional. Coordeno a implementação da estratégia de marketing: lançamento de novos produtos/serviços, acompanhamento do mercado, política de preços, entre outros. Participo e sigo as negociações comerciais de alto nível e acompanho as principais contas da empresa. Tento ter naturalmente um papel fundamental na animação da equipa comercial, directa e indirecta.

Para além disso, numa estrutura de dimensão internacional, participo e sigo a política estratégica de desenvolvimento comercial, adaptando as directrizes ao mercado local. Traço os objectivos de vendas e faço o controlo da evolução das mesmas, quer a nível geral, como a nível individual de cada vendedor.

Aceitei, sabendo o árduo desafio que tinha pela frente, pois eu já estava na Empresa há alguns anos e tinha conhecimentos que me permitiam encarar este novo desafio com optimismo.

Nesta altura e porque ficava muito tempo no escritório, deixei de fumar, porque não era muito prático vir fumar à rua, não só porque incomodava os colegas que estavam à minha volta, mas também porque era proibido fumar dentro das instalações da empresa, o que considero uma prática correcta.

Como disse anteriormente, deixei de fumar e passado pouco tempo até me sentia melhor no que respeita à minha saúde, mas como passei a estar praticamente todo o dia sentado no escritório em frente ao computador e normalmente com o ar condicionado ligado, admito que também não são aspectos muito positivos para a saúde, sendo que estou mais sujeito a apanhar tendinites devido ao uso excessivo do computador, alergias devido ao ar condicionado ou até problemas com a coluna vertebral, devido muitas vezes à deficiente postura que tenho no posto de trabalho.[a25] 

Tenho na empresa um médico do trabalho [M26] que é o Dr. Rui Alves e todas as semanas vem à Fapil para fazer as consultas de rotina, assim como também assistir os funcionários que tenham necessidade de ser consultados pelo médico. Eu, periodicamente, marco com ele consulta e peço para me passar umas análises, para de alguma forma vigiar o meu estado de saúde.

Normalmente, tenho o cuidado de pedir ao médico que me receite as vacinas antialérgicas para tomar no período que antecede o Inverno, que é normalmente quando tenho mais problemas.

Hoje em dia, já tenho de usar óculos para conduzir, porque tenho a vista cansada e em muito contribui o facto de estar todo o dia a olhar para o monitor e, em termos de postura, tento manter-me o melhor possível, mas muitas vezes quando dou por mim estou sentado com uma postura deficiente em frente ao monitor.

O monitor deve estar numa posição elevada e ficar ao nível dos olhos para ajudar na postura que devemos ter, ou seja, direito e encostado. Neste sentido, coloquei uma caixa a fazer altura no monitor, para que a minha postura fosse tanto quanto possível a mais correcta.

Outra situação que coloca a minha saúde em risco é o facto de fazer muitas viagens para o norte e para o sul, com muitas horas de condução e, por este motivo, alguns dias em que faço 600/700 km de condução fico com dores nas costas por estar muito tempo sentado. Habitualmente, faço umas paragens para esticar as pernas e desta forma aliviar um pouco o cansaço da viagem, fazendo com que no final da mesma não esteja tão cansado.

Na condução, não abdico de colocar o cinto de segurança, porque reduz os perigos em caso de acidente, mas com muitas horas de condução confesso que por vezes me incomoda. Sempre que alguém viaja comigo, tenho sempre o cuidado de verificar se tem o cinto de segurança posto.

O cumprimento destas normas de segurança é muito importante para não colocar a minha integridade física em risco, assim como também não provocar maior desgaste na viatura.

No local de trabalho, devo ainda cumprir com as normas de higiene e segurança no trabalho, sendo que, para isso, no meu caso, não tenho de usar qualquer equipamento de protecção com frequência, mas quando permaneço mais tempo na zona das máquinas de enchimento, coloco os auriculares de protecção sonora, para proteger os ouvidos.

The compliance with these standards of safety is very important not to put my physical integrity at risk, as well as not to cause more wear in the car. In the work place, I must still comply with the standards of hygiene and safety at work, and for this reason, in my case, I do not often have to use any protective equipment, but when I stay more time in the area of filling machines, I put the ear buds sound protection, to protect the ears.

 

 

 

 

Existem também algumas regras, tais como não deitar papéis para o chão, não fumar, passar nas cortinas de separação pelo lado direito, que tenho de respeitar, assim como todos os funcionários. Quem não respeitar estas normas de segurança, está sujeito a poder provocar um acidente de trabalho ou sofrer lesões por falta de cuidados.

Devido ao não cumprimento destas normas de segurança, já aconteceu um acidente de trabalho com um colega que circulava pelo lado esquerdo nas cortinas de separação e foi apanhado por um empilhador que vinha em sentido contrário, provocando neste caso a fractura de uma perna deste colaborador.

As regras de segurança e higiene no trabalho são informadas por escrito aos colaboradores, que também receberam um manual com as respectivas regras que cada um tem de cumprir. Estas regras estão também afixadas num quadro de consulta geral, assim como também nos postos de trabalho a sinalética adequada a cada posto de trabalho ou secção.

Como sou gestor do processo da qualidade para o Departamento comercial, tento pontualmente chamar a atenção sobre alguns aspectos mais importantes. Nas primeiras chuvas digo para terem precaução com a condução e o estado dos pneus das suas viaturas e, se vão à fábrica, digo para terem precaução com a circulação dentro dela.

No caso dos comerciais que andam quase sempre na rua, algumas destas regras de higiene e segurança no trabalho não se aplicam, mas temos outras, também importantes, tais como os cuidados a ter com a viatura que lhes está atribuída, porque é a sua principal ferramenta de trabalho e em caso de não se cumprirem alguns procedimentos, tais como verificar estado dos pneus, níveis de agua e óleo, revisões periódicas, etc., poderá colocar a sua integridade física em perigo. Neste sentido, tento chamar a atenção para estes aspectos, que também considero importantes.

Tendo ocupado o meu lugar agora de Director Comercial[M27] , operei algumas mudanças, tais como: redução da equipa de vendas tendo em conta que tinha saído um vendedor e não entrou ninguém, alteração das zonas de trabalho e criação de routings para planeamento e organização do trabalho de cada um, revisão de contratos com clientes, abertura de novos clientes, planeamento de acções promocionais mais agressivas e muitas conquistas de fabrico de marcas próprias da grande distribuição, tais como, Continente, Auchan, Intermarché, Minipreço, Ellos, Makro, E Leclerc, Lidl, Unapor e Pingo Doce.

Esta é uma alteração de mercado que não é boa para a indústria, mas que devido ao peso da distribuição moderna e da lei da concorrência tive de encarar como uma forma de poder ter um crescimento de vendas e de produção. De facto, foi o que aconteceu e a Empresa teve, num curto espaço de tempo, um crescimento de vendas de 8 para 14 milhões de euros anuais.

Uma alteração que introduzi também foi o inquérito de satisfação de cliente[a28] deforma pontual aos clientes 20/80 (20% dos nossos clientes que fazem 80% das nossas vendas), para poder criar uma base de dados com a opinião dos principais clientes sobre a Fapil, respondendo de uma forma simples, mas dando a sua opinião sobre aspectos como atendimento pessoal, preços, tempos de entrega, qualidade dos produtos, cores dos produtos, etc.

Através deste inquérito, podemos observar que de uma forma geral os nossos clientes estão satisfeitos com os nossos serviços e em alguns casos podem também corrigir-se alguns aspectos indicados por clientes insatisfeitos com alguma situação. Neste momento, dispomos na nossa base de dados informações que permitem verificar que áreas devem melhorar para ir de encontro às necessidades e satisfação dos nossos clientes.

Normalmente envio este inquérito de dois em dois anos, sendo que inicialmente era enviado por correio, mas o último inquérito foi enviado por correio electrónico, tendo tido neste caso maior número de respostas. Neste tipo de inquéritos, o número de respostas é normalmente baixo (cerca de 25%), mas por e-mail a percentagem de resposta foi 40%, podendo concluir que hoje funciona muito melhor a comunicação com os clientes por email do que por correio normal.

Tinha em 2004 ao meu encargo dez vendedores, que são os elementos necessários para fazer a cobertura da carteira de clientes a nível nacional, que se dividem por zonas de trabalho Norte, Centro e Sul e dentro desta equipa existem responsáveis de zona e depois os vendedores Júnior, que dão apoio não só aos clientes centralizados, assim como apoio ao responsável de zona.

Mas as alterações de mercado fizeram com que tivesse de ir ajustando a equipa de vendas à medida das necessidades, tendo em conta também o perfil de cada um e do tipo de clientes que lhes são atribuídos.

As zonas de trabalho são distribuídas geograficamente e cabe a cada vendedor ou equipa de zona fazer a gestão dos seus clientes.

Pontualmente, marco reuniões gerais ou individuais, para análise de situações que vão surgindo e definir a estratégia a seguir em cada situação.

 

 

 

 

 

A partir desta altura, Verão de 2004, a realidade do meu trabalho era agora algo diferente, porque para além das vendas tinha agora a responsabilidade de traçar os objectivos da Empresa, negociar todos os contratos com clientes, assim como elaborar campanhas promocionais a nível nacional e ser responsável por todos os vendedores, assim como gestor do processo da qualidade no âmbito comercial.

A forma de trabalhar em equipa [M29] foi sempre uma das principais armas utilizadas, pois permite fazer o acompanhamento do cliente em todas as vertentes, ou seja, venda, entrega e reposição. Foi este modelo que permitiu à Fapil ganhar posição no mercado e fidelizar clientes, situação que muito poucas empresas utilizavam, mas que de facto nos deu muitos resultados e cota de mercado.

Para que esta situação funcione, deve haver um bom entendimento com os elementos que compõem a equipa de vendas e, neste sentido, na formação das equipas, tive o privilégio de os conhecer bem a todos, facilitando esta tarefa.

O entendimento e relação comigo e a equipa de vendas é saudável e aberto, facilitando o contacto e permitindo desta forma que o nosso entendimento a nível profissional seja mais fácil.

Na minha opinião, as empresas não existem, o que existe são as pessoas e essas sim são a empresa no seu todo e a diferença muitas vezes entre empresas concorrentes é diferenciada pelos elementos que a compõem, sendo que esta foi sempre também uma das principais razões pelos bons resultados alcançados.

CP – Identidade e Alteridade DR2 (desenvolve também noutro local)

Nesta altura, a Fapil tinha certificação de qualidade (ISO 9001), sendo eu o gestor de processo no que diz respeito à área comercial e por este motivo tive um trabalho e responsabilidade acrescida, mas algum tempo depois viríamos a deixar de ser certificados, porque a empresa tinha custos que depois na prática os clientes não valorizavam, mas ainda hoje mantemos o departamento de qualidade interno e cumprimos com a norma, sendo possível a qualquer momento solicitar novamente a certificação.

Cumprimos com alguns aspectos importantes numa empresa certificada, sendo que um deles é o facto de fazer a reciclagem do papel e do plástico[a30] . Tenho no meu gabinete dois baldes de lixo, um para o plástico e outro só para o papel.

No caso do papel, faço o aproveitamento de folhas já utilizadas que não fazem falta para apontamentos, em vez de folhas novas, e só depois disso as deito para o caixote do papel.

Na empresa, fazemos reciclagem [M31] de plástico. Fazemos o aproveitamento dos artigos plásticos com defeito de fabrico ou partidos e devolvidos pelos clientes. Temos um silo e uma máquina trituradora e depois separamos o material reciclado por cores para posteriormente ser aproveitado na injecção de artigos que têm possibilidade de levar material reciclado.

Numa mudança de molde ou arranque de uma máquina, as primeiras peças que a máquina tira são sempre para reciclar, pois ainda não tem afinação de cor e dosagem do material ajustada e, neste caso, as peças com defeito são trituradas e recicladas.

Alguns artigos só podem ser injectados com matéria-prima virgem, mas muitos possibilitam aplicar uma percentagem que em alguns casos pode atingir os 80% de reciclado.

Normalmente, aplicamos material novo misturado com o reciclado, para dar maior resistência ao artigo.

Temos um ecoponto na Empresa onde é colocado o lixo com a separação, também de forma a sensibilizar os funcionários a ter boas práticas ambientais.

Nas reuniões de vendas, estou sempre a recomendar que tirem apontamentos em folhas já usadas em vez de blocos novos, para desta forma ajudar não só o ambiente, como também reduzir custos com papel, que no nosso caso é enorme em termos de empresa no geral.

Sou da opinião que as empresas devem dar o primeiro passo em questões ambientais consoante a sua área de actividade, fomentando a separação de lixos e evitando o desperdício de papel e energia pois é o passo que é preciso para consciencializar as pessoas. Se tiverem o hábito de o fazerem no trabalho, mais facilmente irão começar a ter as mesmas preocupações no contexto doméstico.

Na Fapil, poupamos energia sempre que possível, neste caso mantendo as luzes apagadas no escritório, utilizando o mais possível a luz natural porque todos os gabinetes têm janela para o exterior. Temos também o cuidado de verificar se algum aparelho de ar condicionado não fica ligado no final do dia, evitando desta forma que fique toda a noite a trabalhar sem necessidade.

Existe na empresa informação relacionada com a reciclagem e poupança de energia, estando afixada circular no quadro de informação geral. Neste sentido, penso que todos os colaboradores dispõem de informação sobre os procedimentos a ter no que respeita à reciclagem, assim como à poupança de energia.

Nos postos de trabalho, também existe a informação sobre os procedimentos a ter com a reciclagem que depois tem o devido tratamento e também desta forma existe uma poupança no que respeita ao aproveitamento dos resíduos ou produtos, que o ambiente agradece e para a empresa significa também poupança porque fazemos reciclagem de plástico.

Houve inicialmente uma acção de formação sobre o processo de reciclagem, quer a nível de plástico que passou a ser triturado e aproveitado para novo processo de injecção com material reciclado que utilizamos na produção de alguns artigos a 100% e noutros numa percentagem menos elevada, mas com mistura de matéria-prima nova para dar maior consistência ao produto.

Após este procedimento, passámos a ter na nossa gama produtos reciclados que derivam desta prática de aproveitamento de plástico reciclado, sendo que comunicamos no próprio produto que se trata de um artigo reciclado e amigo do ambiente.

Estive presente nesta acção de formação, em que participei transmitindo a importância desta nova prática para o ambiente, mais-valias para a empresa e também porque os nossos clientes hoje valorizam muito esta situação que cada vez mais tem impacto na opinião do consumidor.

Neste sentido, acho que foi positivo ter tido esta formação para despertar consciências no aspecto, não só de carácter profissional, do aproveitamento dos produtos reciclando, mas principalmente no âmbito ambiental.

A comunicação interna entre os vários departamentos [M32] não só é feita verbalmente ou por telefone, mas também em grande parte dos assuntos tratados por email, que é sem dúvida, hoje em dia, a forma mais utilizada para comunicar entre as empresas e clientes, tendo-se tornado já uma prática corrente esta forma de comunicação[a33] .

Uma situação que alterei, de forma a tirar partido desta vantagem de ter possibilidade de trabalhar com o David Info center (email), foi o facto de ter eliminado os relatórios de vendas em papel, escritos à mão, e os vendedores passaram a fazer o seu preenchimento informaticamente e a enviar os relatórios por email, que desta forma arquivo numa pasta no computador.

Esta medida possibilitou poupança de espaço de arquivo e custo de papel para relatórios, sendo também mais fácil consultar o relatório de qualquer vendedor, mesmo estando ausente do escritório.

Apesar da aparente semelhança entre as duas formas de enviar mensagens, o email possui muitas vantagens em relação às correspondências convencionais. São elas:

Conveniência: o email pode ser enviado de qualquer computador ou notebook conectado à Internet ou mesmo de um telemóvel em qualquer lugar sem ter que se preocupar com envelopes, selos ou agências de correios.

Velocidade: mensagens enviadas por email normalmente chegam ao destinatário em poucos minutos, às vezes em apenas alguns segundos, em qualquer lugar do mundo em que o destinatário esteja.

Anexos: É possível anexar textos, músicas, vídeos, programas, jogos e outros arquivos.

Acessibilidade: os emails podem ser facilmente arquivados e classificados por programas de email ou webmails, tornando fácil a procura de uma mensagem em particular.

Barato: excepto pela taxa paga pelo acesso à Internet, o envio de emails é gratuito para qualquer parte do mundo, como ou sem anexos, tanto para um ou para vários destinatários.

 

O primeiro contrato que fui negociar ainda me lembro que foi no Carrefour, que mais tarde viria a ser comprado pelo grupo Sonae. Eu fui sozinho e qual o meu espanto quando do outro lado se sentaram três pessoas para negociar comigo. Como já tinha experiência de vendas e uma forma de estar muito tranquila, não me mostrei nada incomodado com a situação e ouvi atentamente o que pretendiam, depois argumentei os pontos que tinha a meu favor e facilmente chegámos a uma plataforma de entendimento, sendo o negócio bom quando serve para ambas as partes e neste sentido estava tudo certo e pronto para assinar o contrato, com um crescimento de 1%.

Entretanto, de repente entrou na sala o Dr. António Dinis, que era na altura o Director Comercial do Carrefour e perguntou como estavam as coisas e o Sr. Paulo Pita respondeu que ia assinar contrato comigo nas condições que lhe mostrou!

O Dr. António Dinis disse que afinal não era nada assim e o crescimento do contrato tinha de ser diferente, etc.

Nesta altura, todos se calaram na presença dele e eu levantei-me e disse:

“Peço desculpa, mas depois de duas horas de reunião com os seus colegas e de ter chegado a acordo, não é correcto o Sr. chegar aqui e sem ter ouvido a nossa conversa dizer que não é nada assim, por isso, olhe, eu vou-me embora e se pretender alterar o que fizemos aqui hoje, teremos de agendar nova reunião, mas desta vez com a sua presença”.

Olhou para mim e disse: “Ok, depois marque reunião com a minha secretária”.

Foi o que fiz no dia seguinte, liguei para a assistente dele e agendei a reunião.

No dia da reunião, só estava ele sentado na sala e mandou-me entrar, quando lhe estendi a mão para o cumprimentar, ele deixou-me de mão estendida e não me apertou a mão, ficando só a olhar para os papéis que tinha em cima da mesa e disse para me sentar.

Eu respirei fundo discretamente e sentei-me, ficando na expectativa do que ele iria dizer.

Ele levanta a cabeça, olha-me nos olhos e diz: “Gostei da sua resposta no outro dia e hoje voltou a surpreender-me”. Levantou-se, estendeu-me a mão e deu-me o contrato para assinar com as condições que tinha acordado na reunião anterior. Ficámos a partir desta altura a ter uma boa relação pessoal e profissional com bons resultados para ambos os lados.

Este foi um dos exemplos que tive em que uma situação aparentemente adversa se torna depois favorável, sendo que para isso temos, em algumas situações, de marcar a nossa posição, assim como também por outro lado algumas vezes temos de controlar as nossas emoções, para poder conseguir os nossos objectivos.

A capacidade de argumentação que adquiri ajuda na relação que se estabelece numa conversa ou negociação, tentando sempre não entrar em conflito, nem discordar de assuntos que nada têm a ver com o assunto que nos diz respeito, de forma a manter um ambiente favorável para depois tirar partido disso na negociação.

Quando na presença de outras pessoas, a crítica pessoal normalmente resulta mal, pois ninguém gosta de ser criticado, muito mais na presença de outros.

Normalmente, tento dar início à reunião sem ir directamente ao assunto, puxando temas que sejam do agrado do cliente e, se possível, até dar-lhe um elogio, para que se estabeleça um ambiente positivo e que a abertura da pessoa fique diferente.

Todas as pessoas gostam de comprar, mas raramente gostam que lhe vendam, neste sentido, deixo transparecer para o cliente a decisão da compra, obviamente com influência minha, mas sem que tenha a sensação de que lhe estou a vender.

Um exemplo que gosto de dar e é do conhecimento geral é o seguinte:

Quando entramos numa loja de roupas, normalmente a/o funcionária/o diz:

“Boa tarde, posso ajudar?”

A resposta em 95% dos casos é: “Não, obrigado, estou só a ver!”

Este é um exemplo de como as pessoas gostam de comprar, mas não gostam que lhes vendam!

Mas nem todas as vendedoras de loja se apercebem que a forma que utilizam para abordar o cliente raramente resulta e repetem este gesto vezes sem conta todos os dias.

Quando testado outro método de abordagem ao cliente, os resultados foram manifestamente superiores e passo a descrever.

“Boa tarde, esteja à sua vontade e se precisar de alguma informação diga”.

Desta forma, o cliente já não se sente pressionado e tem uma abertura diferente, para que momentos depois se possa estabelecer contacto e com maior possibilidade de venda.

Normalmente, preparo as reuniões e tento ser o mais objectivo possível, mantendo tanto quanto possível uma postura neutra mas sempre com o objectivo presente e depois no momento certo tento concretizar o negócio.

Concretizar é fazer acontecer e colocar toda uma equipa a contribuir para isso, deve ser o desígnio de qualquer gestor. Fazer acontecer é ter claro o objectivo, definir os recursos e o prazo para o conseguir. A partir daí é pôr a paixão e a entrega, envolver a equipa e acreditar que é possível. Desta forma, vamos fazer acontecer, isso dá-me um prazer imenso e o balanço necessário para concretizar novos objectivos.

CP – Argumentação e Assertividade DR2

Em Março de 2008, decidi mudar de casa!

Contraí um empréstimo habitação na Caixa Geral de Depósitos para a compra do meu apartamento. No entanto, devido ao aumento do custo de vida e ao quase congelamento dos salários, tentei negociar os valores de spread para o mínimo possível, até porque já era cliente e tinha outro empréstimo à habitação e, de uma forma geral, posso dizer que até estou satisfeito por trabalhar com a CGD há mais de 20 anos, tendo contraído junto desta instituição os meus empréstimos para aquisição de habitação. Contudo, quando saiu a nova lei que obriga os bancos a cobrar apenas 0,5% sobre todas as amortizações totais ou parciais, e estes surpreendentemente começaram a suportar todos os custos das transferências entre bancos, isto incentivou-me a tentar junto de outros bancos um contrato melhor. Visitei o Santander Totta, o BPI e o Millennium bcp e realizei várias simulações do contrato. No final, verifiquei que tinha um bom contrato com a CGD e que não valia a pena estar a transferir o meu crédito para outro banco porque estes não me ofereciam melhores condições, ou seja, prestações mais baixas, que é o que me interessa.

Neste momento, consegui um spread de 0,45%, que é bastante bom tendo em conta os valores actuais cobrados pelos bancos devido à crise financeira que se instalou a partir de 2008.

Nesta altura, foi necessário provar a mim mesmo que conseguia gerir o ordenado e o[a34]  orçamento familiar. [a35]  Fazer o nosso orçamento familiar é o primeiro passo na gestão das finanças pessoais. O orçamento familiar é a única forma de disciplinar os nossos hábitos financeiros, gerir as nossas disponibilidades financeiras da forma mais eficiente possível e de reflectir periodicamente sobre o nosso património, sem viver obcecado com o dinheiroTento realizar algumas poupanças e neste sentido tenho utilizado o computador como uma ferramenta muito útil para a elaboração de um orçamento familiar onde faço facilmente o controlo das despesas e das receitas. (Junto ficheiro Excel em anexo).

Despesas

 

 

 

 Casa

Janeiro

Fevereiro

Totais

Renda

      395,85 €

      395,85 €

        791,70 €

Água

       13,85 €

       15,00 €

          28,85 €

EDP

            -   €

       65,00 €

          65,00 €

Lisboagaz

            -   €

       28,28 €

          28,28 €

TV Cabo+Net cabo+phone

      103,16 €

       96,00 €

        199,16 €

Condomínio

       42,88 €

       42,88 €

          85,76 €

Outros

       50,00 €

       50,00 €

        100,00 €

 

 

 

 

Alimentação

 

 

 

Supermercado

      254,80 €

      285,00 €

        539,80 €

Almoços + Peq, Almoço António fora

      250,00 €

      250,00 €

        500,00 €

 

 

 

 

Seguros Vida / Saúde/ Habitação

 

 

               -   €

Seguros de Vida

       64,33 €

       64,33 €

        128,66 €

Seguro multirriscos da casa

            -   €

            -   €

           -   €

Multicare

       68,25 €

       68,25 €

        136,50 €

 

 

 

           -   €

Carro

 

 

           -   €

Combustível

       20,00 €

            -   €

          20,00 €

Manutenção

            -   €

            -   €

        -   €

Imposto Único circulação

      134,85 €

            -   €

        134,85 €

Inspecção

       28,50 €

            -   €

          28,50 €

Seguro do carro

      198,00 €

            -   €

        198,00 €

Transportes

      116,00 €

       90,00 €

        206,00 €

Saúde + Educação

 

 

        -   €

Farmácia

       30,00 €

       35,00 €

          65,00 €

Consultas Médico

       20,00 €

       25,00 €

          45,00 €

Escola

      290,00 €

      250,00 €

        540,00 €

Mat escolar

            -   €

       15,00 €

          15,00 €

Lazer

 

 

      -   €

Férias

            -   €

            -   €

      -   €

Almoços fora / Fim Semana

      110,00 €

      120,00 €

        230,00 €

Futebol Domingo  + 6ª Feira

      120,00 €

      120,00 €

        240,00 €

Quotas SLB

       15,00 €

       15,00 €

          30,00 €

Vestuário & Calçado

       50,00 €

       35,00 €

          85,00 €

Telemóvel

       15,00 €

       15,00 €

          30,00 €

Ofertas

            -   €

       10,00 €

          10,00 €

Cabeleireiro

       30,00 €

       30,00 €

          60,00 €

Diversos/ extras

       75,00 €

      100,00 €

        175,00 €

Total das despesas

   2.495,47 €

   2.220,59 €

     4.716,06 €

 

 

 

 

Receitas

 

 

 

Vencimentos

   2.566,00 €

   2.700,00 €

     5.266,00 €

Prémios

 

 

           -   €

IRS

 

 

           -   €

Juros Dep Prazo

       85,00 €

 

          85,00 €

Total Receitas

   2.651,00 €

   2.700,00 €

     5.351,00 €

 

 

 

 

Saldo Mensal

      155,53 €

      479,41 €

        634,94 €

 

Faço a gestão do meu orçamento familiar, fazendo o registo e controlo das despesas e dos rendimentos do agregado familiar, com ajuda de uma folha de cálculo que elaborei para o efeito. Tento gerir as despesas de acordo com os rendimentos, sempre com o objectivo de fazer com que o saldo seja positivo no final do mês.

As despesas fixas (água, electricidade, gás, TV cabo, renda da casa, condomínio) são mais fáceis de controlar, porque têm pouca variação, mas existem outras que são pontuais ou de carácter anual ou semestral, que fazem com que em alguns meses esse equilíbrio não seja assim tão fácil, mas o que me importa é que na média esteja positivo.

Da mesma forma também existem rendimentos de carácter pontual, tais como juros de depósitos a prazo ou devolução de imposto IRS, subsídios de Natal e de férias, que fazem com que em alguns meses esse saldo seja bastante positivo, permitindo até fazer algumas aplicações financeiras ou depósitos a prazo, para ter rendimentos desse dinheiro e de alguma forma poder em alturas menos favoráveis ter alguma reservas para compensar.

Neste sentido, utilizo o computador e, através da Internet, consulto os saldos e movimentos, transferências e aplicações financeiras na caixa directa online.

O Caixadirecta on-line permite o acesso imediato à Caixa, através de qualquer computador com ligação à Internet.

 

Este serviço permite:

  • Consultar as nossas contas, créditos e cartões;
  • Realizar transferências nacionais e internacionais, pagamentos, requisições de cheques e outras operações;
  • Agendar as nossas operações para a data que se pretende;
  • Negociar em bolsa e gerir a nossa carteira de fundos de investimento;
  • Subscrever produtos financeiros;
  • Aderir a cartões de crédito e débito.

Faço também a entrega da declaração anual de IRS através do portal das finanças, assim como também para o pagamento do imposto único através de transferência bancária.

A organização do meu orçamento familiar assenta em princípios que tento colocar em prática, ou seja, manter as despesas abaixo das receitas e, por isso, utilizo o ficheiro em Excel para ajudar no registo e cálculo dos valores e desta forma controlar mais facilmente o orçamento familiar.

Desta forma, é também possível ter a noção das despesas por tipo, que de outra forma é mais difícil de fazer.

Esta forma de controlar o orçamento permite traçar prioridades e poder planear aplicações em depósitos a prazo ou reservar, quando é possível, verba para as férias, que normalmente são feitas de acordo com o valor que podemos despender, em função dos rendimentos e despesas.

O meu vencimento está sujeito aos seguintes descontos: segurança social, IRS.

Como tal, tenho de gerir mensalmente o meu vencimento, este tem de "esticar" para renda/seguro casa, despesas com a alimentação, água, luz, telefone, roupa, etc., como qualquer casal com filhos e como consta do mapa de orçamento familiar.

Às despesas mensais fixas ainda tenho de juntar o inesperado, saúde, e os mimos que geralmente qualquer pai/mãe acaba por dar.

Não sou adepto de andar constantemente a monitorizar as minhas despesas, sei de cabeça aquilo que tenho e quanto posso gastar, mas acredito que existem pessoas que não podem/conseguem "fazer contas de cabeça" e nesse caso é natural que utilizem programas adequados à gestão orçamental ou simplesmente utilizem uma folha de Excel para mensalmente poderem elaborar os cálculos da sua vida económica. Talvez o factor relevante e de utilidade é no final do ano terem já algo preparado para a declaração do IRS. Ainda poderão fazer análise de quanto é o aumento das despesas no período de 2 ou mais anos. Eu, após ter feito a minha simulação orçamental, fiquei com a sensação de onde teria de cortar nas despesas mensais a fim de fazer crescer o crédito e poder elaborar um plano de poupança.

No caso da gestão do meu orçamento familiar, tenho essa tarefa sob a minha responsabilidade, por ter mais conhecimentos a nível informático, aplicações financeiras, etc. Neste caso, a minha esposa não se preocupa muito com esta parte da gestão do orçamento, porque sabe que tenho o controlo de contas bancárias, despesas calculadas no ficheiro de orçamento familiar, sendo que para mim a responsabilidade de controlar e gerir o orçamento familiar é acrescida do facto de só eu ter de fazer estas tarefas.

Normalmente, quando tenho de fazer aplicações financeiras, comprar ou vender acções ou adquirir obrigações, tenho essa responsabilidade toda sobre mim, porque no caso de alguma destas aplicações correr mal não é muito agradável depois ter de lhe dizer, até porque nem sempre entende o porquê de algumas destas situações.

CP Direitos de Deveres DR1/Programação DR1

Utilizo o computador [a36] de uma forma exaustiva em trabalho, mas no âmbito pessoal também é indispensável, pois desta forma evito deslocações e perdas de tempo para realizar estas tarefas que desta forma estão à distância de uns cliques…

A nível pessoal, utilizo o computador para fazer pesquisas na Internet, correio electrónico, transferências bancárias, consulta de saldos, pagamentos, através da caixa directa online, recebo as facturas electrónicas por email e arquivo no PC, faço o registo do orçamento familiar em ficheiro Excel, ultimamente, como tenho máquina fotográfica digital, tiro as fotos e depois passo-as para o PC e faço o arquivo destas em pastas identificadas com a data…etc…

Mas temos de ter em conta a utilização pouco segura, tanto por parte de adultos, como por parte das crianças, temos de impor a nós próprios alguma privacidade e às crianças alertar para os riscos dos "amigos" online.

Para estar mais descansado quanto à utilização da internet [M37] pelo meu filho, na medida em que já gosta de navegar na internet, para além de estudar na escola virtual, instalei o anti-vírus da Zon F-Secure, que tem a possibilidade de controlar e limitar o acesso a sites perigosos, assim como também tenho o controlo Parental de acesso, ou seja, em caso de ele tentar entrar em algum site que não esteja autorizado, só com a minha password pode aceder ao site.

Desta forma, estou um pouco mais descansado neste aspecto porque sei que sem a minha autorização não entra em sites considerados perigosos e de conteúdo para adultos.

Enfim, o computador em utilização pessoal tem várias funcionalidades e de alguma forma já faz parte da minha vida.

Quando vou de férias, levo o computador comigo e desta forma posso estar sempre em comunicação com a empresa e também com os amigos, para além de poder também descarregar as fotos que vamos tirando e ir logo arquivando as mesmas.

Considero que a Internet veio alterar e facilitar a forma de comunicação e acesso à informação e esta, provavelmente, será a sua maior vantagem, sendo que anteriormente era um processo mais demorado e de difícil acesso, que neste momento está à distância de uns cliques. A Internet tem neste momento disponível praticamente toda a informação de que necessitamos sobre as mais variadas matérias e, neste sentido, é hoje em dia imprescindível para todos.

I believe that the Internet changes and facilitates communication and access to information and this, probably, will be its biggest advantage, being that formerly was a slower process and of difficult access, which is currently at the distance of a few clicks. The Internet has available at the moment all the information we need on the most varied materials virtually and, in this sense, today this is essential for all.

 

 

 

 

Utilizo a Internet frequentemente no âmbito profissional, porque estamos ligados em rede e permanente contacto com o exterior, sendo feita a maior parte da comunicação com os clientes via email e neste sentido é de uma importância enorme a Internet em termos profissionais.

A nível particular, utilizo a Internet e procuro por vezes alguma informação sobre vários assuntos, sendo um deles a leitura de jornais e notícias relacionadas com os negócios, utilizando normalmente dois sites para consulta de informação:

http://www.agenciafinanceira.iol.pt e http://www.jornaldenegocios.pt.

A Internet é um mundo de informação onde se pode encontrar de tudo um pouco, mas tem vantagens e desvantagens. Por exemplo, na Internet pode-se encontrar lazer de todo o género e para todas as idades (jogos, vídeos, jornais, conteúdos para adultos, conteúdos infantis, etc...), como também se pode encontrar lazer que, por vezes, tem inconvenientes. São chamados "CHATS" onde se pode comunicar de todas as formas imagináveis. Pode-se falar com todo o mundo, visualizando quem estamos a falar (tem que se ter webcam), podemos falar através de texto, podemos falar ouvindo-se as vozes de quem fala (é necessário ter microfone) ou até se pode falar de todas estas formas juntas. Há inclusive vários programas para se poder falar (CHAT), como, por exemplo, o Windows Messenger, o Msn Messenger, Skype e agora recentemente também no Facebook já se pode falar com webcam no chat. Através da Internet, ainda se podem ler jornais actualizados permanentemente e realizar downloads.

A Internet deve ser utilizada com regras e limites e quando utilizada pelas crianças estas devem ser acompanhadas por um adulto, devido aos perigos que existem com conteúdos de pedofilia, pornografia, etc…, que também está disponível na Internet com muita facilidade.

Neste sentido, acompanho com frequência a utilização que o meu filho faz, mas na maior parte do tempo utiliza a escola virtual no pc e para os jogos utiliza na Playstation, que neste sentido é menos perigoso.

Em suma, considero que a Internet, apesar dos seus perigos, tem muito mais vantagens do que desvantagens, sendo a sua utilização neste momento quase imprescindível tendo em conta a globalização existente a vários níveis.

A aliança feita entre as novas tecnologias e o ensino conduz à promoção de novos e constantes conhecimentos, promove o prazer de estudar, de aprender, criando e recriando, de forma interactiva e, por vezes, real, quebrando distâncias e barreiras territoriais e materiais.

Quando correctamente utilizada, a Internet é um óptimo recurso didáctico. Quando incorrectamente utilizada, é um enorme desperdício de tempo e dinheiro. A diferença está na pesquisa e planeamento.

 

Como vantagens posso destacar:

- Acesso a diferentes recursos educativos e culturais (texto, som, imagens e vídeo) que de outra maneira não estariam ao alcance de todos.
- Acesso a informação (actualizada), por exemplo, sítios Web das instituições e das escolas.
- Acesso a jogos educativos e lúdicos.
- Permite adquirir competências educativas úteis para futuro profissional.
- Benefícios do correio electrónico.

As diferenças horárias, os atrasos do correio postal tradicional e os custos são factores desfavoráveis à comunicação tradicional, o correio electrónico veio revolucionar a forma de comunicar. É muito cómodo: não são necessários selos, envelopes, nem moradas, à excepção de uma simples morada de correio electrónico (que se pode guardar na agenda/ livro de endereços do computador).
As crianças e os jovens podem utilizar com frequência e partilhar todas as actividades diárias com a sua família.
Fácil partilha de todas as pequenas e grandes questões.
Envio de fotos, mensagens de áudio, reenvio de documentos e de quase tudo o que se ache importante e que se encontra on-line.
Uma mesma mensagem pode ser enviada simultaneamente a muita gente, recorrendo a listas de correio electrónico.
Facilita muito o transporte de documentos electrónicos. Por exemplo, se as crianças se esquecem dos trabalhos de casa, no computador, estes podem ser enviados para a escola.

Como desvantagens posso destacar:

A qualidade da informação que nem sempre é a melhor e nem sempre é verdadeira, ou seja, fidedigna, a falta de privacidade, entre outras.
Posso dizer mesmo que a má utilização da Internet pode conduzir à transformação de todas as vantagens em desvantagens, pondo a situação num patamar problemático, ou seja, tudo o que é bom também pode ser mau, só depende do uso que lhe damos.

Ouvimos que em certos países os sistemas informáticos de bancos de dados estatais foram corrompidos ou violados. Não basta só existir uma firewall ou um bom anti-vírus, terá também de ser imposto um sistema personalizado de segurança a nível pessoal para que os acres sejam identificados e eliminados, evitando que estes acedam a ficheiros importantes.

No nosso PC de casa, também é possível aceder aos ficheiros do vizinho e para isso basta que este tenha uma Internet instalada sem sistema de bloqueio e segurança, quando utilizamos a sua rede IP, podemos fazer partilha das pastas e deste modo poderemos aceder aos documentos do vizinho e vice-versa.

 

Mudei de casa, mas fiquei na mesma vila de Vialonga, mas um T4 no 2º andar [a38] com 140 m2, garagem privativa, aquecimento central, isolamentos térmicos e acústicos, janelas com alumínio lacado e vidros duplos espelhados pára-sol e materiais aplicados de qualidade superior, permitindo desta forma ter alguma redução nos custos com aquecimentos ou arrefecimentos da casa e poder de alguma forma também preservar o ambiente.

Temos também um jardim relvado enorme nas traseiras, que é óptimo para jogar futebol com o Henrique no fim-de-semana.

Esta casa é a adequada às minhas necessidades[a39] , tendo em conta os elementos que fazem parte do meu agregado familiar, dispõe de um escritório onde posso também trabalhar a partir de casa, garagem onde posso guardar o carro pessoal, suite, uma sala enorme com 32 m2 e dois quartos, depois tem a vantagem de estar situada perto de lojas, farmácia, pastelarias e supermercados.

O que nos levou a escolher esta casa, para além do que já referi anteriormente, é o facto de todas as divisões terem varanda e serem espaçosas, dando o conforto necessário.

Temos uma suite e na mesma temos no WC uma cabine de hidromassagem e o Henrique adora tomar duche nela e ouvir música lá dentro enquanto toma duche, depois é um castigo para o tirar de lá!

Como temos a família mais próxima também a morar em Vialonga, decidimos mudar de casa, mas de preferência ficar a morar na mesma vila embora numa casa nova.

Hoje, podemos considerar que foi uma boa mudança, porque estamos numa habitação nova, confortável, em local tranquilo e num prédio de 3 andares calmo e com bons vizinhos.

O apartamento que comprei através da Imobiliária Veigas & Veigas estava novo a estrear e pronto a habitar, não sendo necessário escolher materiais para a sua construção, tendo feito só uma alteração que foi ter fechado a varanda da cozinha com a colocação de janelas de alumínio termolacado com vidros duplos escuros pára-sol, para desta forma poder aproveitar aquele espaço e criar maior conforto nesta zona da habitação, não deixando entrar calor ou chuva, podendo utilizar estes espaço de uma forma diferente.

Antes de efectuar a mudança, aproveitei o facto de ter a casa vazia para fazer algumas limpezas e também pinturas, que é sempre um processo complicado quando temos a casa cheia de mobílias e, neste sentido, era uma tarefa muito mais fácil de fazer.

Então, fiz o planeamento das cores de tinta e dos materiais que seriam necessários para efectuar as pinturas e a quantidade de tinta necessária por cor.

Sabendo a área de cada divisão em m2,foi só fazer as contas tendo em consideração as cores da tinta que iria aplicar em área por m2. Neste caso, tinha 100 mde branco e 40 mde amarelo. Verifiquei que tinha de comprar uma lata de 20 litros de tinta branca e outra de 5 litros de tinta amarela, de forma a poder pintar a área pretendida e foi o que fiz.

Todo o restante material necessário para fazer as pinturas, desde os rolos, trinchas, pincéis, plástico de protecção, fitas isoladoras panos de limpeza, fato de protecção, luvas de protecção, escovas de limpeza, espátula, para betumar paredes, foram materiais que levei da Fapil, por ter conhecimento da sua qualidade e por serem produtos de fabrico nosso.

Geralmente, sou eu que efectuo este tipo de trabalhos, porque tenho jeito para isso, as coisas ficam como gosto e desta forma também poupamos algum dinheiro.

As paredes são de estuque aplicado e neste caso a escolha da tinta recai sobre a tinta de água. E porquê? Fácil. A tinta plástica é de longa duração e a secagem nestas paredes é superior a 12 horas, também e após aplicação da mesma o efeito pretendido não será o melhor, ficando espaços por absorver e outros com outro tipo de tonalidade. Deste modo, prefiro utilizar a tinta de água, é fácil de aplicar, à qual se pode juntar um anti-humidade, prevenindo bolores e fungos (normalmente, aplico nas paredes das varandas) ou para outra finalidade pretendida, torna a lavagem das paredes mais fácil. Com crianças há sempre dedadas pelas paredes fora e, como o Henrique ainda é pequeno, junto o útil ao agradável. Se bem aplicada, a duração da mesma é igual à de uma tinta plástica e pode-se desdobrar a mesma diluindo-a com água, mas normalmente utilizo-a em estado normal sem desdobramento, a não ser que sejam paredes de casas mais antigas com maior absorção e neste caso deve-se dar uma primeira demão com tinta menos concentrada e depois na pintura final com tinta pura.

O rolo que utilizo para pintar as minhas paredes é anti-gota da marca Fapil, constituído por lã de carneiro natural, tramada sobre tecido. Este rolo é um pouco mais dispendioso, mas é o ideal para as paredes e para tintas de água, sendo que também tem a particularidade de deixar cair poucas pingas e salpicos de tinta para o chão, que embora seja forrado com plástico de protecção para pinturas, o trabalho é feito com maior limpeza e menos desperdício.

Tenho ainda o cuidado de, antes e depois de pintar, passar o rolo bem por água. O uso de rolo garante mais rendimento do que se pintar a trincha, que só utilizo para fazer os acabamentos e partes mais difíceis de pintar com o rolo.

Feita a escritura e depois de ter a chave na mão, fizemos os pedidos dos contadores da água, gás e para a electricidade, tendo optado por um contador bi-horário [a40] para assim pouparmos dinheiro.

A tarifa bi-horária caracteriza-se por preços diferenciados do kWh, consoante a utilização em horas de vazio ou fora de vazio, cujos períodos de duração são visíveis em horários.

As horas de vazio são, fundamentalmente, as horas do período nocturno e fins-de-semana, em que é mais frequente a utilização de grandes electrodomésticos, como máquinas de lavar roupa e louça, forno ou aquecimento

Com estes contadores, podemos colocar os equipamentos domésticos de maior consumo, tais como a máquina de lavar louça ou de lavar roupa, nas horas de vazio, neste caso das 22h00 às 07h00, para desta forma ser mais económico e preservar também o ambiente. 

Todos os equipamentos são de classe A, porque são muito mais eficientes do que os restantes e contribuem para a optimização do desempenho energético-ambiental da habitação.

A etiqueta energética colocada nos electrodomésticos mantém a classificação das letras entre A e G. Três classes adicionais podem ser acrescentadas: A+, A++ e A+++, para equipamentos mais eficientes. O número total de classes está limitado a sete e a escala de cor oscila entre o verde-escuro e o vermelho. Apenas o vermelho pode ser duplicado. Mas tal significa que diferentes equipamentos terão escalas desiguais. Nas máquinas de lavar roupa, por exemplo, a classe mais eficiente poderá ser A+, enquanto nos aparelhos de ar condicionado pode ser A+++, mas ambos serão verde-escuro.

 

 

Fonte:

http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/conhecer/equipamentos-eficientes/etiqueta-energetica

 

Uma grande parte do consumo de energia doméstica está concentrada na cozinha. Se consultarmos a Matriz Energética de Lisboa, no que diz respeito à factura energética doméstica, apercebemo-nos que os equipamentos de frio doméstico (frigoríficos e congeladores) são responsáveis por 18%, a preparação de refeições por 16% e a lavagem mecânica por 6%

Também optei por colocar em todas as divisões lâmpadas económicas[a41] , que inicialmente são mais caras, mas que depois a médio prazo rentabilizam mais porque o consumo é menor e a nível ambiental também são melhores porque poupamos energia.

O princípio de funcionamento destas lâmpadas é o mesmo que o das lâmpadas fluorescentes, a corrente eléctrica percorre o interior do tubo pelo gás condutor que lá se encontra e as partículas fluorescentes emanam a luz que lhes é característica.

Estas lâmpadas fluorescentes são constituídas por um tubo cilíndrico e lá dentro existe um vapor de mercúrio em baixa concentração. São muito usuais em escolas, repartições públicas, etc. Em nossas casas, são usadas normalmente nas cozinhas.

Todas estas lâmpadas precisam de um certo intervalo de tempo para arranque e a luz que emitem é branca. A característica principal destas lâmpadas é a sua economia. As lâmpadas fluorescentes aquecem pouco, o que faz com que a maior parte da energia eléctrica gasta durante a sua utilização seja usada para iluminação, havendo um menor desperdício por aquecimento do que no caso das lâmpadas de incandescência.

Passo a indicar as principais características de cada tipo de lâmpada:

 

 

               

 

Fonte: http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/conhecer/equipamentos-eficientes/iluminacao

 

A lâmpada fluorescente tubular apresenta geralmente potências superiores, rendimentos luminosos e tempos de vida superiores aos das lâmpadas economizadoras. No entanto, as lâmpadas fluorescentes tubulares necessitam de laminárias (ou armaduras) próprias devido às dimensões elevadas. As LFC com balastro electrónico integrado permitem a substituição directa das lâmpadas incandescentes por possuírem o mesmo tipo de casquilho.
Embora as LFC sejam mais caras do que as lâmpadas incandescentes, apresentam um tempo de vida muito superior (entre 3 a 15 vezes mais) e consomem muito menos (cerca de 80% menos), motivos que rentabilizam o investimento num período aproximado de um ano. As economias obtidas dependem do número de lâmpadas, da potência e do tempo de funcionamento.

Quanto maior o tempo de utilização das lâmpadas a substituir, maior será a redução de custos.
Relativamente às lâmpadas de halogéneo, a sua luz é mais próxima da luz natural do que a luz das lâmpadas fluorescentes. Contudo, para a mesma eficiência luminosa, as lâmpadas de halogéneo consomem 3 a 4 vezes mais energia do que as LFC. Assim, a sua substituição é vantajosa, desde que possuam casquilhos semelhantes.

 

Normalmente, o Henrique deixa sempre as luzes acesas quando sai de uma divisão para outra, ou se vai à casa de banho, depois, quando sai, deixa por norma a luz acesa. Eu estou sempre a lembrar: “Henrique puxa o autoclismo no botão de meia descarga e apaga a luz, não te esqueças”.

Ele já sabe e por vezes responde: “Eu sei, pai, temos de ser amigos do ambiente!” Na escola já lhe vão transmitindo estes princípios que considero importantes.

Aprendi que ao usar o mesmo número de lâmpadas económicas que as convencionais a substituição resulta na redução da emissão de C02 em quase 80 por cento.

Em termos de utilização, as lâmpadas fluorescentes compactas duram até 15 vezes mais, o que equivale a dizer que poderão durar até 6 anos.

Enquanto que as unidades “amigas do ambiente” se enquadram na categoria A ou B, as ditas “normais” estão nas longínquas E ou F, o que diz muito das diferenças entre estes dois géneros distintos de lâmpadas.

As lâmpadas economizadoras são uma óptima escolha, tanto na protecção do ambiente, como na poupança de consumo, desde que sejam utilizadas nas divisões em que permanecem mais tempo ligadas.

Todos os dias recorremos às mais diversas formas de energia. Sem ela, deixaríamos, por exemplo, de poder deslocar-nos de automóvel, não poderíamos aquecer a água nem cozinhar, nem ver televisão ou usar o computador. No entanto, problemas ambientais e económicos relacionados com as fontes energéticas mais comuns são cada vez mais um motivo para que a poupança e a adesão às energias renováveis, mais sustentáveis, sejam cada vez mais uma realidade.

Por falar em ambiente, já há bastante tempo que fazemos separação do lixo doméstico, mas o ecoponto estava longe da nossa casa e tinha de levar o lixo no carro para o deitar no ecoponto, mas agora temos um mesmo junto do nosso prédio, ficando esta tarefa ainda mais facilitada.

Temos um ecoponto em casa onde fazemos a separação do lixo que, como é óbvio, é comercializado pela Fapil, que foi a primeira empresa em Portugal a comercializar ecopontos nas grandes superfícies comerciais, aparecendo depois outros modelos da concorrência mais tarde, sendo que nós hoje também já temos uma vasta gama de ecopontos e até os sacos de lixo para reciclagem nas diferentes medidas.

Colocamos no ecoponto azul o papel e o cartão, no amarelo as embalagens e no verde o vidro.

Depois, temos também o hábito de guardar as pilhas para colocar no pilhão, não temos nenhum junto de casa, mas quando vamos ao supermercado fazer compras levamos as pilhas para colocar lá.

Tenho por hábito poupar energia, porque para além de ajudar o ambiente, poupamos na conta da electricidade ao final do mês, tendo em conta o elevado custo e peso que tem no orçamento familiar.

Neste sentido, tentamos sempre aproveitar ao máximo a luz natural em detrimento da luz eléctrica, as televisões só estão ligadas quando alguém está a ver, o aquecimento central só é ligado mesmo quando a casa está muito fria e necessita mesmo de aquecimento e, mesmo assim, quando já está quente desligamos, não só para poupar no consumo de gás, mas também no custo que tem. O ar condicionado, normalmente, só o ligo no Verão, mas também neste caso só o ligo quando temos necessidade e estamos em casa e quando a temperatura já está agradável desligamos.

Poupamos gás tanto quanto possível a nível do aquecimento central, que é o que mais gás consome no Inverno. Ligamos o aquecimento quando chegamos a casa porque está fria, mas quando a casa já está na temperatura normal, desligamo-lo, porque depois já está na hora de deitar e não se nota tanto a temperatura, poupando muito na conta da electricidade e do gás. Uma utilização correcta e adequada do aquecimento central não fica muito dispendiosa, mas quando feita de forma inconsciente a conta do gás no final do mês pode ser uma desagradável surpresa.

A água temos o cuidado de a poupar nas descargas do autoclismo, se é total ou meia descarga, quando lavamos os dentes fechamos a torneira enquanto se lavam os mesmos (uma torneira aberta durante a lavagem dos dentes pode gastar 9 litros de água) e nos banhos preferimos um duche rápido a banhos de imersão e temos o cuidado de abrir e fechar a água enquanto nos lavamos, para não estar sempre água a correr sem necessidade e quando abrimos a água enquanto não vem a água quente aproveito a água fria para um balde no sentido de a poder reutilizar na lavagem do chão.

O Henrique já aprendeu na escola algumas destas práticas de protecção do ambiente, o que acho muito positivo no sentido de ir educando as crianças, transmitindo logo de início a importância de preservar o ambiente.

A Fapil foi a primeira empresa em Portugal a fabricar sacos biodegradáveis[a42] , produzidos a partir de matéria-prima à base de milho e amido de batata. Estes sacos são biodegradáveis porque são na sua grande maioria produzidos a partir de matéria-prima orgânica e depois de utilizados e em contacto com o meio ambiente degradam-se e vão fertilizar o solo, fazendo neste caso toda a cadeia, ou seja, nasce da terra e morre na terra, fertilizando-a.

Normalmente, um saco normal pode levar entre 120 a 150 anos a degradar-se por completo no solo e estes sacos, para além das vantagens que enumerei anteriormente, têm também a vantagem de se degradar ao fim de 3 a 5 meses no solo, transformando-se em húmus.

Posso adiantar neste caso que muito se tem falado sobre este assunto da utilização excessiva de sacos de plástico, mas de facto o elevado custo dos sacos biodegradáveis, comparativamente com os sacos de plástico normais, faz com que neste momento não sejam solução para este problema que em pouco ajuda o planeta. São deitados para o ambiente milhões de sacos de plástico por dia e a solução parece ainda distante.

Mas, neste campo dos sacos biodegradáveis, ainda deverá levar algum tempo até que as pessoas adquiram o hábito de fazer compostagem dos resíduos em casa ou nos compositores, caso tenham possibilidades para tal.

Estes sacos são para utilizar com lixo orgânico e depois deitar no compostor o lixo com o saco e tudo pode ir para o aterro, sem separação do lixo.

Os produtos biodegradáveis são factores imprescindíveis na luta diária a favor da preservação e a sustentabilidade do planeta. Ao contrário da maioria dos produtos convencionais, eles afectam menos o ambiente, pois são decompostos por microorganismos vivos, perdendo suas propriedades químicas durante esse processo.

Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente e sustentabilidade. As graves alterações climáticas[M43] , as crises no fornecimento de água devido a falta de chuva e da destruição dos mananciais e a constatação clara de que, se não fizermos nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará de existir.

Se todos tivermos a consciência da necessidade de preservar o ambiente e passarmos a ter boas práticas ambientais, estamos a contribuir para um melhor ambiente.

As alterações climáticas e as manifestações causadas na atmosfera desencadeiam uma série de eventos que originam alterações, tanto positivas como negativas, nas paisagens e na qualidade da vida humana. As positivas passam despercebidas, mas as consequências negativas ganham cada vez mais notoriedade perante a sociedade.

Ao interferir directamente nos ambientes naturais, geram-se conflitos pelo intenso uso e acesso aos recursos naturais, principalmente a água potável e outros recursos fundamentais.

Pesquisas científicas e projecções de cenários climáticos, divulgados recentemente, concluíram que as condições climáticas proporcionadas pelo aquecimento global continuam a aumentar.

Perante isto, e de acordo com a maior parte da comunidade científica, é preciso agir, porém, até ao momento, nada foi considerado eficaz para conseguir atenuar o aquecimento global e as suas consequências.

Países em desenvolvimento como a China despontam como um dos principais emissores de gases de efeito de estufa, mas já outros países actualmente mais desenvolvidos e industrializados também numa fase inicial o fizeram para alcançar um patamar confortável de desenvolvimento que hoje apresentam.

Só com um bom planeamento em políticas públicas sustentáveis, investimento em tecnologias eficientes e renováveis em conjunto com formação e a informação aos profissionais e à população, poder-se-á mitigar os efeitos nocivos na qualidade de vida humana. Se nada for feito, qual será o futuro da espécie humana, fauna e flora?

Também nos animais as alterações climáticas têm um grande efeito negativo, sendo que num estudo realizado nas marmotas em Punxsutawney foi detectado que existia uma grande alteração no peso. Concluíram que o aquecimento resultou num degelo da neve cada vez mais cedo, o que significa que as plantas aparecem mais cedo e as marmotas saem mais cedo da hibernação, por outro lado também detectaram mais mortes entre as marmotas pois como o calor permanece muito tempo as plantas secam e estas, não tendo com o que se alimentar, acabam por morrer. Quando este problema do aquecimento global já atinge o ecossistema, poderá dentro em breve não só acabar por colocar algumas espécies em vias de extinção como também em perigo o ser humano.

Assisti ao documentário realizado por Al Gore, onde ele fala sobre o aquecimento global e de como todos nós devemos agir para contribuir para um planeta melhor, verifica-se que o planeta está em mudança, que existe mais lixo, mais ruído, mais fumos venenosos na atmosfera, mais vagas de calor, incêndios e outras catástrofes naturais, com todas estas mudanças estamos a permitir que o dióxido de carbono (CO2) destrua os glaciares, elevando assim o nível médio dos mares, causando inundações desastrosas e desertificando terras. Neste documentário, podemos ver exemplos disto mesmo, como, por exemplo, o monte Kilimanjaro que praticamente já não tem neve, os glaciares dos Alpes estão a desaparecer entre outros. Todos nós deveríamos ter um papel mais activo para lutar contra o aquecimento global, pequenos gestos do nosso quotidiano podem fazer toda a diferença, só é necessário que tenhamos consciência de que se não o fizermos o nosso fim está mais perto do que julgamos.

Hoje em dia, noto que as diferenças de temperatura são mais irregulares do que há uns anos atrás, tendo por vezes temperaturas elevadas nas estações do Inverno e Outono.

As alterações climáticas interferem no meu dia a dia e nos comportamentos que tenho de ter devido às diferenças de temperatura constantes e algumas vezes acentuadas, assim como também as alergias que hoje em dia cada vez mais se acentuam. Por outro lado, temos os perigos do sol quando nos expomos na praia, o que devido ao buraco do ozono e aos raios ultravioleta pode ser extremamente perigoso para a saúde, podendo provocar queimaduras graves na pele. Gosto de ter uma pele bronzeada mas as consequências podem ser graves para a minha saúde.

As alterações climáticas são fenómenos naturais que ocorrem desde a formação da Terra. No entanto, no último século, estas têm sido mais pronunciadas e preocupantes, levando a comunidade científica mundial a dar prioridade ao estudo deste fenómeno.

As causas para o aumento da temperatura relacionam-se com os chamados gases com efeito de estufa. Os GEE, como o dióxido de carbono ou o metano, retêm a radiação infravermelha emitida pela superfície da terra, impedindo que parte desta seja libertada para o espaço. Só este processo permite a vida na Terra, impedindo que esta se torne demasiado fria. O aumento da libertação de GEE, resultante das actividades humanas (principalmente actividades industriais e transportes), origina o aumento da temperatura da troposfera.

Na minha opinião, os mass media deviam dar maior destaque às medidas a implementar de uma forma global e na divulgação das mesmas e não tanto nas consequências, pois são a melhor fonte de divulgação e influência.

Para mim, o problema existe porque toda a sociedade está baseada num modelo capitalista que promove o consumo e consequentemente a transformação desmedida de recursos que leva à poluição e às alterações do clima, devendo portanto ser esse o foco de actuação dos programas de informação e debate público, mas infelizmente isso não é feito porque as empresas e os intervenientes desse ciclo informativo são eles próprios reféns do sistema capitalista e do consumismo que lhes proporciona o estilo de vida.

É importante fazer a separação do lixo doméstico, poupar água, poupar electricidade, comprar produtos feitos à base de materiais reciclados, por exemplo, caixas de arrumação, baldes, porque neste caso temos uma redução de 80% de CO2 comparativamente a outro artigo igual produzido com matéria-prima virgem.

Como qualquer pessoa, preocupo-me com o "aquecimento global" e a escassez de água.

O aquecimento global do planeta veio alterar o pensamento dos líderes mundiais e suas populações.

Tentam impor novas normas e leis, para a aplicação de uma política ambientalista.

Com o efeito estufa que o globo está a sofrer, as alterações climáticas são as mais notadas por todos nós dia-a-dia.

As estações trimestrais do ano já não são identificadas como antes. A esta alteração vem associada a escassez de bens agrícolas. E quando as há, é porque estes são feitos/cultivados em estufas ou com alteração genética/química.

Os animais também alteram o comportamento (noto que na altura da Primavera era costume o acasalamento dos canários e outras aves, agora esta é quase tanto na Primavera como no Outono). Também os mares sofrem alterações, com o degelo dos glaciares e aparecimento de icebergues que se "deslocam" dos pólos em direcção aos oceanos, causando alterações no percurso natural de reprodução e alimentação da fauna marinha.

Reconheço que, pessoalmente, muitas vezes contribuo para o "agravamento" dessa situação, sou poluente do sistema atmosférico. Por incrível que pareça, o meu filho consegue ser mais "amigo" do ambiente do que eu, pois ele reconhece e identifica os símbolos e sua descrição e, por vezes, eu não.

CP – Identidade e Alteridade DR4

Em Agosto de 2011, fui de férias com a família para Albufeira, no Algarve, como é habitual, e aproveitei para descansar e manter a forma física que tento sempre cuidar, devido à importância que o exercício físico tem para a nossa saúde [a44]  

O empreendimento tinha um ginásio e foi só aproveitar para fazer todos os dias 1 ou 2 horas de ginásio, para cuidar da forma física.

Fazia 1 hora de manutenção e depois 1 hora de musculação, para ajudar a ganhar, para além de resistência, também massa muscular e no fim das férias não havia dúvidas que tinha perdido peso e me sentia em forma.

Como tenho uma vida um pouco sedentária e com prazos a cumprir a nível de trabalho, e até a nível familiar (hoje em dia tudo tem horas), acabo por ter alguns sintomas de stress, bem como ansiedade, o que não favorece o meu bem-estar físico e psicológico, pelo que tento aproveitar sempre este período de férias ao máximo, para descansar e cuidar também da forma física.

Andar a pé, subir escadas, ir às compras ou praticar outra actividade que nos faça mexer contribui para o bem-estar físico e emocional e ajuda a prevenir doenças, como a obesidade e problemas cardiovasculares.

Por isso, ainda hoje jogo futsal nas velhas guardas do Clube Futebol Varejense, tendo sido campeão de Lisboa em 2008 e 2009.

Este tipo de associações e clubes desportivos locais são muito importantes para divulgar o desporto e dar aos jovens a possibilidade de praticar as modalidades desportivas que gostam, entrar em competição, criar o espírito de grupo, que é muito importante principalmente nas camadas mais jovens.

Na grande maioria, este tipo de associações debate-se com problemas financeiros, por falta de receitas face às despesas que têm para manter a estrutura, sendo que os apoios que tinham do Estado, ultimamente, também baixaram bastante, fazendo com que em alguns casos tenham de suspender algumas modalidades.

Neste clube onde jogo, acontece precisamente este problema, pese embora o facto de ter um bar/restaurante que é a sua maior fonte de receita, ao contrário de outros que não têm esta possibilidade.

Para arranjar receitas para a nossa equipa poder participar em torneios e deslocações, vendemos uns livros de rifas, para desta forma poder patrocinar as nossas despesas.

Cada um pagou o seu equipamento, evitando que fosse o clube a ter de pagar esta despesa, foi também uma forma que encontrámos de ajudar e tornar possível ter este escalão no clube, assim como também todos os jogadores se tornaram sócios do clube.

A nível associativo, tento sempre que possível colaborar com este clube onde tenho vários amigos, mas como tenho pouca disponibilidade de tempo não me permite poder fazer parte de uma lista de direcção, para o qual já fui diversas vezes convidado, mas sempre que possível colaboro com eles.

Tenho ajudado na parte de direcção desportiva, porque sou muito amigo do director desportivo e ele, como por vezes tem muito trabalho, pede-me para lhe dar uma ajudinha, principalmente no início de época, que é sempre muito trabalho para tratar dos processos de inscrição dos jogadores, contratos, medicina desportiva, marcação de jogos amigáveis, etc.

Ajudo sempre na angariação de novos sócios para o clube e ajudo também na cobrança de quotas de sócio, que embora sejam de valor simbólico (2€ Mensal), ajuda muito para fazer face a algumas despesas.

Por trás de todas estas tarefas dos elementos que compõem estas associações desportivas, está a carolice, o espírito de dádiva dos que integram as direcções e de tantos outros que voluntariamente vão contribuindo das mais diversas formas para alcançar os seus objectivos das associações no campo do desporto, cultura, religioso e social.

Nos dias em que vivemos, considero que o associativismo é cada vez mais necessário e devemos contribuir todos um pouco para ajudar a melhorar um pouco as condições destas associações que tornam possível muitos jovens poderem praticar a modalidade que gostam próximo da sua casa.

CP – Complexidade e Mudança DR3

Depois de ter aproveitado o período de férias na primeira quinzena de Agosto para descansar e cuidar da saúde física, terminadas as férias, desloquei-me, no dia 19 de Agosto de 2011, a Moçambique, em trabalho, por um período de 3 semanas e estava com receio do que iria encontrar, pois por vezes fazemos um juízo de valor sobre determinadas situações ou pessoas (preconceitos) e depois na realidade é diferente.

Fui para Maputo e de seguida também fui três dias a Nampula e outros três dias à Cidade da Beira, ou seja, conheci as principais cidades de Moçambique, tendo sido depois em Maputo que permaneci mais tempo e tive possibilidade de conhecer melhor.

Maputo é a capital e a maior cidade de Moçambique. É também o principal centro do país. Localiza-se no sul do país, na margem ocidental da Baía de Maputo. Até 13 de Março de 1976, a cidade era denominada "Lourenço Marques", em homenagem ao explorador português homónimo.

Mas foi uma experiência muito interessante, por ter podido contactar com outra cultura e realidade bem diferente da nossa.

É de facto um país muito bonito à beira-mar plantado e com uma beleza natural impressionante. Mas é na humildade das pessoas e no seu olhar que sentimos que de facto estamos perante uma desigualdade social que só dá para explicar a quem a conhece.

Estive em representação da empresa na Feira Internacional de Maputo (Facim), durante uma semana, tendo sido bastante proveitosa esta nossa participação, até pela aceitação que as pessoas demonstraram pelos nossos produtos.

Durante estes dias, fui-me apercebendo das desigualdades sociais existentes no país e posso citar uma ou duas situações que são exemplo disso mesmo.

Quando cheguei a Maputo e me deslocava do aeroporto para o hotel, eram 06h00 da manhã. Em Moçambique é já dia de sol e hora de ponta, pelo que podemos a esta hora observar a forma como a grande maioria dos moçambicanos se desloca para o trabalho, uns a pé e outros de chapa, que é simplesmente uma carrinha de 9 lugares com 14 ou 15 pessoas lá dentro como se fosse uma lata de sardinhas, outros são de caixa aberta e vão todos lá em cima até caber. Esta situação acontece devido à falta de transportes públicos e poucos recursos financeiros da sua população. Esta situação vista no local é impressionante e até tirei fotos desta situação que descrevo.

Outra situação bem diferente foi o facto de haver muitas miúdas ainda jovens a pedir emprego na feira, para ajudar na montagem do stand e fazer o trabalho de promotora durante o período da feira.

A maior parte das empresas presentes deram trabalho a uma promotora, como forma de ajudar e mostrar alguma solidariedade para com aquele povo, e neste sentido, tendo-me apercebido disso, também contratei uma funcionária para toda a semana, que dizia ter um filho de 2 anos e que seria para lhe ajudar a dar de comer. Com este argumento, fiquei sem condições para lhe dizer que não.

O valor do salário que me pediu foi simplesmente ficar com alguns produtos expostos, no final da feira, e sendo assim aceitei que ficasse.

A Jeninfer estava toda contente e no dia seguinte lá estava ela pronta para trabalhar. Era uma miúda humilde, simpática e muito boa vendedora, pelo que até me surpreendeu nesse aspecto, tendo em conta o desconhecimento dos produtos.

No dia seguinte, lembrei-me de levar do buffet do hotel, ao pequeno-almoço, uns bolinhos e fruta para ela comer. Qual o meu espanto quando me disse que não comia e era para levar para casa para dar ao filho, porque precisava mais do que ela.

Esta situação repetiu-se todos os dias e ela de facto nunca comeu nada do que lhe levei, comprovando o tipo de mentalidade existente.

No último dia de feira, levou o filho para eu conhecer e até tirei fotos com o meu amigo Shelton, criança muito engraçada e humilde.

Terminada a feira, a Jeninfer agradeceu tudo o que fiz por ela e a forma como a tratei e o que lhe dei para levar ao filho. Foi interessante perceber a mentalidade desta gente e lidar com eles no dia-a-dia, tendo mudado a opinião que tinha antes de me deslocar a Moçambique, sendo certo que, quando regressei a Portugal, senti que tinha aprendido muito durante estas 3 semanas.

Os valores culturais e as diferenças culturais que verifiquei são enormes, porque nós, os europeus, temos um tipo de vida e condições que em nada se comparam com a que pude verificar em Moçambique, principalmente fora da cidade de Maputo.

As pessoas naquele país vivem com muito poucos recursos e a preocupação diária é ganhar alguns meticais para comprar alimentos para si e para os seus filhos.

Valorizam muitas coisas que para nós são insignificantes, como, por exemplo, um isqueiro, perfume, roupa, etc.

Apesar destas desigualdades, este povo vive alegre e nem parece que tem tantas dificuldades e carência de muitos bens, principalmente alimentares. Uma empregada doméstica em Moçambique ganha por mês cerca de 40€ em dinheiro português, mais a alimentação e adoram trabalhar na casa dos portugueses, porque é uma forma de terem de comer, estar numa casa com todas as condições e depois, no final do dia, ainda levam comida para dar aos filhos, na maioria.

Quando estive na cidade da Beira, tive oportunidade de visitar a cidade, mas principalmente o que me impressionou foi o mercado da Praia Nova. Uma verdadeira imagem do que é a África profunda, de que temos conhecimento pelos documentários da televisão. Tive medo porque me disseram que neste local nem muitos locais têm a coragem de lá entrar, quanto mais os brancos, mas foi uma experiência incrível e recordação que vou guardar para o resto da vida.

Ali tudo se comercializa, desde peixe seco, frutas, caju, roupas, utilidades e onde se verifica uma luta diária pela sobrevivência.

A diferença da cor da pele, quando entramos em Moçambique, é a maior diferença logo notada nas pessoas, mas depois de nos habituarmos, já parece diferente.

Outra situação que considero cultural e diferente é que muitos moçambicanos trabalham a madeira fazendo autênticas obras de arte e depois vendem na rua aos turistas a um preço muito baixo, mas que para eles é um valor bom.

Ali existe muito comércio informal feito na rua (no passeio), sendo muito diferente dos nossos hábitos e valores culturais.

Depois de ter verificado estas diferenças e desigualdades sociais, cada vez mais sinto que vivemos com tanto e mesmo assim reclamamos e não estamos satisfeitos e aqueles não têm nada e, mesmo assim, “vivem alegres”.

Esta foto é exemplo de um chapa carregado de moçambicanos que vão trabalhar:

 

CP – Convicção e Firmeza Ética DR1

Terminada a nossa viagem por Moçambique, foi o tão desejado regresso a casa, já com saudades da família e depois regresso ao trabalho normal.

Para “comemorar” o[a45]  regresso, tinha acabado de receber uma notificação do IMTT para me identificar, porque tinha sido apanhado pelo radar no IC16 a 101 km/hora e naquele local o limite de velocidade são 70 km/hora,

Estes radares estão devidamente identificados, mas de facto foi uma distracção que me custou caro (120€), que tive de pagar.

O IMTT integra uma Unidade de Regulação, dotada de autonomia funcional e competências em matéria de regulação económica e técnica.

No quadro das suas atribuições, e visando satisfazer as necessidades de mobilidade de pessoas e bens, o IMTT tem por missão regular, fiscalizar e exercer funções de coordenação e planeamento do sector dos transportes terrestres e é também responsável pela supervisão e regulamentação das actividades deste sector, competindo-lhe a promoção da segurança, da qualidade e dos direitos dos utilizadores dos serviços de transportes terrestres.

Considero este tipo de vigilância importante porque é a forma de controlar os excessos de velocidade dos condutores que em alguns casos se excedem.

Estes radares têm como principal função, vigiar os excessos de velocidade, sendo que posteriormente é aplicada a respectiva coima ao condutor que cometer a infracção de excesso de velocidade permitida no local, sendo desta forma uma boa fonte de receita para o Estado. Os radares controladores de velocidade têm um papel importante no desempenho da condução por parte dos automobilistas, que, sabendo da sua existência, têm mais cuidado na sua forma de conduzir, permitindo uma maior segurança e prevenção rodoviária, não só para quem pratica as irregularidades, mas também para os outros condutores que até cumprem com o código de estrada e muitas vezes são abalroados pelos outros que não cumprem.

A qualidade de vida que todos queremos ter passa pela redução da sinistralidade nas nossas estradas. Respeitar as normas de segurança rodoviária é fundamental e faz parte da educação cívica que todos devemos ter

O excesso de velocidade é a principal causa de mortalidade nas estradas de Portugal. É possível evitar muitos acidentes, respeitando os limites de velocidade previstos no Código da Estrada.

Considera-se excessiva a velocidade sempre que o condutor não possa fazer parar o veículo no espaço livre visível à sua frente ou exceda os limites de velocidade fixados nos termos legais.

O limite de velocidade nas zonas urbanas é de 50 km/h e nas auto-estradas é de 120 km/h. No entanto, muitos automobilistas excedem estes limites, aumentando com isso o risco de acidente e a gravidade das suas consequências.

O radar é um equipamento electrónico, computorizado, que visa monitorar um determinado ponto da rodovia ou toda ela, estabelecendo uma rotina de fiscalização.

Como as ondas de rádio se movem através do ar a uma velocidade constante (a velocidade da luz), o dispositivo de radar pode calcular a distância do objecto medindo-se o intervalo de tempo entre o som inicial e seu eco.

Se o veículo estiver em alta velocidade, uma câmara fotográfica é accionada automaticamente.

Fui desenvolvendo os contactos que trazia e fazendo propostas para de alguma forma tentar abrir mercado, que felizmente consegui e, neste sentido, a viagem de negócios pode-se considerar proveitosa.

Passados alguns meses, tive uma primeira participação na SISAB, Feira Internacional para fabricantes Nacionais em Lisboa, e foi interessante o contacto com clientes de diversos países e o interesse que demonstraram pelos nossos produtos, sendo que em alguns casos já estamos a exportar para Angola, Moçambique, Holanda, Luxemburgo, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, etc.

Nos dias de hoje, o mercado nacional está um pouco limitado e estagnado, fazendo com que a procura de outros mercados seja uma necessidade, para poder manter a empresa com o volume de negócios que já adquiriu.

Nesta alturan devido à grave crise económica e financeira internacional, também o nosso país atravessa um período bastante complicado e em que muitas empresas fecham as suas portas diariamente por falência, mas com uma política de contenção de custos e redução na despesa, espero que consiga, no que diz respeito ao departamento de vendas, conseguir levar este barco a bom porto.

Nesta altura, devido à elevada taxa de desemprego, nomeadamente o desemprego jovem (35%), isso está a fazer com que procurem emprego noutros países, aumentando a taxa de emigração, tal como aconteceu nos anos 60, devido à grave crise e falta de condições e de liberdade que se viviam naquela altura no nosso país (salazarismo).

Neste sentido, a língua é muito importante na decisão do rumo a seguir, sendo os países africanos, nomeadamente Angola, Moçambique, Cabo Verde, os mais procurados para os destinos de vários portugueses com formação específica, porque sendo mão-de-obra qualificada têm muita facilidade de arranjar emprego nestes países com muita falta desta e com remuneração mais elevada, por serem países de poucos recursos e só com salários atractivos conseguem atrair mão-de-obra qualificada.

Da mesma forma, o nosso país é também preferência dos emigrantes destes países, pelo facto de falar a mesma língua e também os brasileiros, quando vêm para a Europa, preferem Portugal por este motivo.

Os emigrantes têm ainda acrescido o facto de se deslocarem para outro local muitas vezes desconhecido e quando não dominam a língua desse país mais difícil se torna a adaptação.

Os principais factores que alteram a vida das pessoas, na minha opinião, são a saúde e a falta de recursos financeiros.

Quanto ao factor saúde, é mais complicado, mas em relação à situação financeira podemos tentar resolver nem que seja na procura de emprego em outro país.

Os imigrantes dos países de leste ou outros, de língua estrangeira, têm muitas dificuldades de adaptação ao nosso país e à nossa língua, mas em termos gerais até têm uma boa formação, só que por esse motivo têm mais dificuldades de se adaptar. Neste sentido, temos que dar valor a estas pessoas, porque numa situação adversa se sacrificam muitas vezes a desempenhar tarefas abaixo das suas competências, mas na tentativa de ganhar um salário para alimentar a família.

Um dos principais factores de mudança na sociedade é a globalização do mercado e, no nosso caso, temos o facto de pertencer à União Europeia e neste sentido, a livre circulação de serviços, bens e pessoas, ter alterado os hábitos de consumo, concorrência e competitividade.